Operação frustra plano do PCC para matar promotores em São Paulo

Operação frustra plano do PCC para matar promotores em São Paulo

Polícia Civil, Militar, Penal e MP cumpriram 25 mandados e coletaram provas de negociações de fuzis e mapeamento de autoridades

Um grupo ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) planejava assassinar autoridades públicas em São Paulo. A iniciativa, entretanto, foi frustrada após intervenções das forças policiais do Estado. Entre os alvos da facção estavam os promotores Roberto Medina e Lincoln Gakiya.

Operação Recon

A Operação Recon é uma ofensiva coordenada por órgãos de segurança de São Paulo. A célula — que reúne a 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Deic-8, a Unidade de Inteligência do Deinter-8, o Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Penal — frustrou o eventual atentado.

A Recon realizou cerca de 25 mandados de busca e apreensão domiciliar nas cidades de Presidente Prudente, Álvares Machado, Martinópolis, Pirapozinho, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes e Santo Anastácio.

Segundo investigações da Polícia Civil, o grupo criminoso levantava informações acerca da rotina das autoridades públicas e de seus familiares, como forma de planejar o crime. Agora, o principal objetivo da operação é coletar evidências que ajudem nas próximas fases da investigação, com o mapeamento dos demais membros da organização criminosa.

Para o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a operação foi fundamental para o impedimento do ataque. “A Operação Recon simboliza a efetividade da integração entre a Polícia Civil, a Polícia Penal, o Ministério Público e a Polícia Militar”, afirmou o MP.

Sobre o plano criminoso

De acordo com as investigações, os mandantes e responsáveis pela coleta de dados fazem parte do PCC. Ambos também possuem histórico de envolvimento com o tráfico de drogas.

Os levantamentos em Presidente Venceslau foram encomendados por Welisson Rodrigo Bispo de Almeida — o “Corinthiana” — a Victor Hugo da Silva, conhecido como “VH” ou “Falcão”, que coletou dados sobre Roberto Medina e seus familiares.

Os celulares coletados durante a investigação foram analisados. A perícia revelou áudios e prints que mostram negociações para a compra de fuzis. Dados de georreferenciamento extraídos dos aparelhos indicam localizações precisas em Presidente Prudente, inclusive da sede do Ministério Público no município.

Além da compra de fuzis, os telefones investigados revelaram registros de pesquisas por carros com características comuns a outros ataques do mesmo tipo. Veículos com espaço para sete passageiros e “com insulfilm totalmente fechado” apresentam os aspectos mais comuns nesse tipo de crime.

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