Nikolas relatará projeto que enquadra facções como terroristas

Nikolas Ferreira será relator de projeto que classifica facções criminosas como terroristas

Proposta do deputado federal cearense Danilo Forte (União Brasil) amplia lei antiterrorismo para incluir ações de facções criminosas e milícias

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi designado relator do Projeto de Lei nº 1.283/2025, de autoria do deputado federal cearense Danilo Forte (União Brasil-CE). A proposta, que tramita em regime de urgência, amplia o conceito de terrorismo no Brasil para enquadrar ações de facções criminosas dentro desse conceito.

Forte defende que práticas como domínio territorial, ataques a serviços públicos e até tentativas de explosão de estruturas, como viadutos, caracterizam táticas de terrorismo.

O deputado cearense alerta que a influência das facções não se restringe ao crime organizado, alcançando também o processo democrático. Segundo ele, há indícios de financiamento de candidaturas nas eleições municipais de 2024 no Estado. “Se nada mudar, em 2026 corremos riscos reais de perdermos o domínio do Parlamento para as facções”, disse.

O projeto altera a Lei nº 13.260/2016, que trata do terrorismo, e prevê medidas mais duras contra essas organizações, como penas mais severas, bloqueio de recursos financeiros, instrumentos legais específicos para investigação e julgamento, e ações para reduzir a sensação de impunidade que fortalece o crime.

O deputado argumenta ainda que o combate ao problema exige "resposta nacional coordenada, com forte investimento em inteligência, descapitalização das organizações criminosas, como já iniciado pela Polícia Federal (que em 2024 impôs prejuízo de R$ 5,6 bilhões a esses grupos), e políticas de segurança mais rígidas que permitam retomar territórios perdidos e restabelecer a presença do Estado".

Nesse contexto, o parlamentar sugere considerar o papel estratégico das Forças Armadas, "cujo contingente possui capacidade técnica, tática e logística muitas vezes subutilizada em tempos de paz. Os militares podem desempenhar função fundamental especialmente nas fronteiras nacionais, principal porta de entrada de armas e drogas, sem que isso signifique uma militarização desenfreada da segurança pública".

Assista também: Moro recua e retira emenda proposta para salvar a PEC da Blindagem: "Debate está contaminado"

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar