Bolsonaristas do Ceará reagem à apreensão de passaporte de Malafaia
Deputados e vereadores cearenses alegaram "perseguição política e religiosa" após operação da PF
A apreensão do passaporte do pastor Silas Malafaia, juntamente com outras restrições impostar pela Polícia Federal a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repercutiu entre parlamentares bolsonaristas no Ceará.
Ao menos cinco deles se manifestaram contra a ação, que também apreendeu os celulares de Malafaia.
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"Perseguição"
O deputado federal Dr. Jaziel (PL) e a deputada estadual Dra. Silvana (PL), que também são pastores evangélicos, chamaram a ação de perseguição religiosa. "Perseguição política já era grave, perseguição religiosa é inaceitável", pontuou o casal em publicação conjunta nas redes sociais.
Eles manifestaram ainda apoio a Malafaia. "Queremos expressar nosso total apoio neste momento tão desafiador. Que você, Pastor Silas Malafaia, sinta-se fortalecido e amparado. Você não está só", disseram.
"Vergonha"
A vereadora mais votada de Fortaleza em 2024, Priscila Costa (PL), afirmou que o que estão fazendo com Silas Malafaia "é uma VERGONHA!". Ao lado do marido, a parlamentar aparece em vídeo denunciando que o pastor teve o celular apreendido "como se fosse um narcotraficante".
Não é justiça
O deputado estadual licenciado Carmelo Neto (PL) publicou postagem nas redes sociais demonstrando irritação. Segundo ele, o que ocorre com Malafaia se dá porque ele "supostamente usou a voz para deslegitimar um processo".
"Isso não é Justiça, é perseguição política contra um país inteiro", afirmou, acrescentando que o que acontece com o líder religioso, amanhã poderá ocorrer com qualquer brasileiro.
Já o vereador de Fortaleza, Inspetor Alberto (PL) repostou um vídeo onde um veículo de comunicação informava da operação contra Malafaia, em forma de denúncia.
Impeachment de Moraes
Já o senador Eduardo Girão (Novo) fez uma publicação longa, com vídeo de discurso no Congresso. No texto, ele critica o presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil), afirmando que a Casa "está de joelhos" para salvar Alexandre de Moraes da lei Magnistky, imposta pelos Estados Unidos.
Na sequência, no que define como mais uma atitude "vingativa" do ministro do STF, caracterizando segundo ele a "ditadura da toga", afirma que Moraes passou também a "perseguir líderes religiosos".
O senador, que se coloca como independente, presta solidariedade ao pastor Silas Malafaia e volta a cobrar o impeachment de Moraes, tema constante em suas redes sociais.