Operação investiga fraude em concurso da Guarda Municipal de Icó

Operação investiga fraude em concurso da Guarda Municipal de Icó

MPCE cumpriu 46 mandados na Bahia e em Pernambuco contra pessoas suspeitas de formarem associação criminosa para fraudar concursos públicos realizados nos estados do Ceará e de Alagoas

O Ministério Público do Ceará (MPCE) deflagrou, na terça-feira, 19, uma operação que investiga crimes de associação criminosa e fraude no concurso público da Guarda Municipal de Icó – município distante cerca de 383 km da capital cearense – que teve provas em julho.

A investigação foi aberta a partir de indícios de irregularidades durante o processo seletivo. O objetivo, segundo o MP, é desarticular uma rede criminosa que atuava de forma organizada para beneficiar candidatos durante as provas.

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Mandados e apreensões

Ao todo, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão nos municípios de Juazeiro (BA), Petrolina (PE) e Trindade (PE). Os alvos da operação são candidatos suspeitos de se associarem de forma criminosa para fraudar concursos realizados não apenas no Ceará, mas também em Alagoas.

As medidas cautelares foram autorizadas pelo 2º Núcleo Regional de Custódia e Garantias, com sede em Iguatu, no Centro-Sul cearense. Essa unidade tem como função analisar pedidos urgentes relacionados a investigações criminais, garantindo maior agilidade na tramitação das ações.

Durante as diligências, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, documentos e equipamentos que teriam sido utilizados no esquema de fraudes. O material será encaminhado para análise técnica, de modo a auxiliar na comprovação da participação dos envolvidos e no rastreamento da atuação da organização criminosa.

A ação foi realizada em parceria entre o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) do MPCE; a 4ª Promotoria de Justiça de Icó; o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público de Pernambuco (Gaeco Sertão/PE) e o Gaeco Norte/BA do MP da Bahia. O trabalho contou ainda com apoio das polícias Civil e Militar de Pernambuco e da Polícia Militar da Bahia, por meio do Comando do Policiamento Regional Norte (CPRN).

Esquema e nome da operação

De acordo com o Ministério Público, a fraude ocorria por meio do uso de tecnologias durante as provas. A operação recebeu o nome de “Ponto de Contato” em referência ao “ponto eletrônico”, dispositivo de comunicação frequentemente utilizado nesse tipo de crime para possibilitar o contato entre candidatos e agentes externos.

Além da alusão ao equipamento, o nome também remete à figura de um cearense identificado como o principal articulador do esquema. Segundo as investigações, ele atuava como responsável por coordenar a comunicação entre os integrantes e viabilizar a transmissão de respostas durante a aplicação das provas.

O MPCE destacou que as investigações seguem em andamento e que os materiais apreendidos devem fornecer novos elementos para aprofundar a apuração sobre a extensão da atuação do grupo criminoso e os concursos que podem ter sido alvo de fraude.

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