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Barroso e Fux discutem em sessão do STF: 'Não está sendo fiel aos fatos'

Barroso e Fux discutem em sessão do STF: 'Não está sendo fiel aos fatos'

No julgamento, Fux era o relator original, mas ficou vencido. Dessa forma, a relatoria do caso passou para o ministro Flávio Dino, que apresentou a manifestação vencedora

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Luiz Fux, que também integra a Corte, tiveram uma discussão pública e acalorada nesta quinta-feira, 14, durante uma sessão no Tribunal. O embate surgiu após Fux reclamar por perder a relatoria do processo que analisava regras de incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Fux conduzia o processo e foi vencido parcialmente, por consequência, a relatoria foi transferida para o magistrado que abriu divergência. Fux, no entanto, defendeu que a divergência foi pontual e a troca de relator não era necessária.

Segundo Fux, o presidente da Corte não teria o oferecido a possibilidade de manter a relatoria. Barroso respondeu: "Eu ofereci a Vossa Excelência permanecer como relator, disse: 'Vossa Excelência não quer permanecer como relator apenas reajustando?' E Vossa Excelência disse: 'Não quero reajustar'".

Fux negou a conversa disse que o processo foi passado diretamente para Flávio Dino. Em resposta, Barroso disse que o ministro "não está sendo fiel aos fatos".

Gilmar Mendes ainda tentou intervir e apaziguar a situação, mas, após nova alfinetada de Fux, que disse que "não queria deixar passar isso", o presidente do STF encerrou a sessão.

Esta não é a primeira — e nem a mais acalorada — discussão que Barroso integra durante sessões no Supremo. Em 2018, o ministro chamou a atenção por dizer que Gilmar Mendes, seu colega, era "uma pessoa horrível, uma mistura de mal com o atraso e pitadas de psicopatia".

Ele ainda complementou: "a vida para Vossa Excelência é ofender as pessoas" e disse "é bílis, ódio, mau sentimento, mau secreto, Vossa Excelência nos envergonha". No dia, eram debatidas doações ocultas de campanha eleitoral. Em face da discussão, a ministra Cármen Lucia, que era presidente do Tribunal no momento, suspendeu a sessão.

 

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