Girão saúda "dia histórico" e Ivo Gomes diz que EUA são a "nova república de bananas"

Girão saúda "dia histórico" e Ivo Gomes diz que EUA são a "nova república de bananas"

Veja como políticos cearenses comentaram as sanções dos Estados Unidos no dia em que foi formalizada a punião a Moraes e a taxação de produtos brasileiros

A aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, provocou duras reações de figuras políticas do Ceará, principalmente do PT, que consideram a medida um ataque à democracia e à autonomia nacional.

Esta é a primeira vez que uma autoridade brasileira é submetida a tal punição, uma das mais severas disponíveis para Washington contra estrangeiros considerados autores de graves violações de direitos humanos e práticas de corrupção.

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André Fernandes (PL)

Mais destacado bolsonarista cearense, o deputado federal André Fernandes (PL) reagiu de forma irônica ao comentar a decisão do governo americano. “Os EUA terão 48h para explicar o motivo disso?”, escreveu o parlamentar, em alusão às exigências frequentemente dirigidas a opositores do STF no Brasil.

O parlamentar ainda compartilhou a notícia de que a punição a Moraes antes havia atingido xerife do talibã e líder de gangue haitiana. "Que grupo…", comentou Fernandes.

— André Fernandes (@andrefernm) July 30, 2025

Camilo Santana (PT)

O ministro da Educação, Camilo Santana, não se pronunciou diretamente sobre o episódio. No entanto, compartilhou nas redes sociais uma publicação em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao jornal The New York Times, defendeu a autonomia dos Três Poderes no Brasil.

Na publicação, Lula também criticou a postura do ex-presidente Donald Trump nas tratativas diplomáticas envolvendo tarifas e comércio, mas afirmou estar aberto ao diálogo com as autoridades americanas.

Carmelo Neto (PL)

O deputado estadual Carmelo Neto, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, interpretou a sanção como consequência direta da atuação de Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, junto a autoridades internacionais.

Nas redes sociais, afirmou que a medida é fruto do trabalho de denúncia do deputado federal Eduardo Bolsonaro e acusou Moraes de cometer excessos à frente do Supremo Tribunal Federal. Para Carmelo, a sanção representa um reconhecimento internacional dessas supostas violações.

Eduardo Girão (Novo)

O senador Eduardo Girão publicou uma longa manifestação em seus perfis, na qual disse que a sanção representa um “dia histórico” para o Brasil. Na avaliação dele, a aplicação da Lei Magnitsky por parte dos Estados Unidos expõe o que chamou de “ditadura da toga”.

Girão afirmou que a punição internacional ao ministro Alexandre de Moraes revela a gravidade das ações do Judiciário brasileiro e defendeu que o Congresso aprove uma anistia a presos políticos e inicie o processo de impeachment do ministro.

Ele também convocou manifestações populares para o próximo domingo, 3 de agosto, em Fortaleza e outras cidades, argumentando que é preciso pressionar os poderes nacionais por mais liberdade e mudanças institucionais.

Ivo Gomes (PSB)

Em resposta à publicação da entrevista de Lula ao New York Times, em que afirma estar "indignado", o ex-prefeito de Sobral, Ivo Gomes (PSB), escreveu:"The US is the newest banana republic", "Os EUA são a mais nova república de bananas", em tradução livre.

A expressão "república de bananas" é um termo pejorativo usado para descrever países considerados politicamente instáveis.

José Guimarães (PT)

O deputado federal e líder do governo na Câmara, José Guimarães, criticou a sanção e afirmou que se trata de tentativa de interferência estrangeira no funcionamento das instituições brasileiras.

Para ele, a medida é resultado da atuação da família Bolsonaro no exterior e deve ser vista como uma afronta à democracia e à soberania nacional.

"Fruto da conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil, Trump sanciona o Ministro Alexandre de Moraes com base na chamada Lei Magnitsky. Isso não é apenas uma afronta a um ministro do Supremo (o que já é grave) — é um ataque direto à democracia brasileira", afirmou o deputado.

Mauro Filho (PDT)

O deputado federal Mauro Filho adotou um tom crítico aos parlamentares que, segundo ele, agem contra os interesses nacionais. Em uma breve declaração, afirmou que o dever de um deputado é trabalhar pelo bem do país e pelo bem-estar do povo, e considerou como um equívoco qualquer ação que comprometa esses princípios.

Apesar de não mencionar diretamente as sanções dos Estados Unidos ou o ministro Alexandre de Moraes, a fala ocorre no contexto dearticulações de Eduardo Bolsonaro e outros políticos para punições ao Brasil e a autoridades por Washington.

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