Bolsonaro diz que crise entre Eduardo e Tarcísio foi superada e que filho 'não é tão maduro'
Após críticas públicas do deputado federal e filho do ex-presidente ao governador de São Paulo, Bolsonaro minimizou atrito e cobrou unidade entre a oposição a Lula
10:43 | Jul. 16, 2025
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na última terça-feira, 15, que interveio pessoalmente para apaziguar a crise entre o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo ele, após conversas, a situação estaria pacificada.
“Conversei com Eduardo e com Tarcísio. Está tudo pacificado. Tarcísio continua sendo meu irmão mais novo, não podemos dividir”, disse Bolsonaro em entrevista ao Poder360.
O desentendimento teve início após críticas públicas feitas por Eduardo à tentativa de aproximação de Tarcísio com autoridades e empresários dos Estados Unidos. Em uma publicação nas redes sociais, Eduardo acusou o governador de agir com "subserviência servil às elites".
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o deputado endureceu o tom ao dizer que a postura do governador representava "um desrespeito".
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Bolsonaro reconheceu que a questão “saiu do controle” e defendeu que discordâncias entre aliados sejam tratadas em conversas reservadas.
"Não adianta um governador de estado, com todo respeito que tenho a eles, resolver dentro do seu estado, porque não vai resolver. Resolve lá (nos Estados Unidos). Eduardo está à disposição para tratar desse assunto", disse o ex-presidente à CNN, criticando indiretamente iniciativas de gestores estaduais.
Mesmo tentando amenizar a tensão, Bolsonaro não poupou críticas ao próprio filho, sugerindo que Eduardo ainda precisa amadurecer politicamente. "Apesar de ele ter feito 40 anos de idade agora, ele não é tão maduro, vamos assim dizer, talhado para a política. Ele está bem, acerta 90% das vezes", comentou.
O ex-presidente também negou que Eduardo tenha atuado para influenciar o ex-presidente Donald Trump na decisão de impor tarifas ao Brasil. Segundo Bolsonaro, ninguém está celebrando a medida.
"Eu tenho poder de resolver esse assunto, mas eu tenho que ter liberdade para conversar com o Trump. No momento, nem passaporte eu tenho", afirmou.