Trump é vaiado na final da Copa do Mundo de Clubes; veja vídeo
Presidente dos EUA foi hostilizado durante o hino americano no estádio; ao final da partida, ele chegou a participar da cerimônia de entrega das medalhas e da taça
A final da Copa do Mundo de Clubes, disputada no último domingo, 13, registrou mais do que uma vitória do Chelsea sobre o Paris Saint-Germain (PSG) por 3 a 0; Durante a partida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi vaiado pelo público presente no MetLife Stadium, em Nova Jersey.
O mandatário norte-americano foi vaiado ao aparecer nos telões do estádio, pouco antes da execução do hino nacional dos Estados Unidos. As vaias se intensificaram durante a música, com parte do público gritando palavras de ordem e demonstrando insatisfação com o republicano.
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Mesmo diante das reações negativas, Trump permaneceu no estádio e manteve a agenda oficial. Ao final da partida, ele chegou a participar da cerimônia de entrega das medalhas e da taça ao lado de Gianni Infantino, presidente da Fifa, e posou para fotos com os jogadores do Chelsea.
Trump chegou a ficar entre os jogadores campeões no momento em que a taça era erguida, gerando críticas, memes e até certo estranhamento por parte dos jogadores do Chelsea, no momento da celebração.
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Medidas econômicas de Trump afetam o Brasil
O episódio ocorre em meio a uma série de decisões polêmicas do presidente. Uma das mais recentes foi a manutenção de uma tarifa de importação de 50% sobre produtos brasileiros, a maior entre os países notificados pelos americanos. A medida tem impacto direto nas exportações do Brasil e gerou críticas do setor agrícola e industrial brasileiro.
A decisão foi anunciada na última quarta-feira, 9, em carta do republicano enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A tarifa entra em vigor em 1º de agosto.
Na carta, o presidente americano justificou a taxação a uma relação que diz ser injusta com o país e à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No texto, Trump manifesta apoio a Bolsonaro, relembra a proximidade entre os dois e classifica o julgamento como “uma caça às bruxas”. Em resposta, Lula reafirmou a soberania brasileira, disse que o Brasil “não será tutelado” por quem quer que seja e que “ninguém está acima da lei”.
"O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais", afirmou o presidente.
“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes”, acrescentou Lula, sem citar Trump.
O petista também garantiu que "qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica”.
Questionado sobre um possível diálogo com Lula, Trump disse que não planeja isso agora. "Talvez em algum momento eu fale com ele, mas agora não", respondeu.
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O que dizem os especialistas
Segundo o economista americano Paul Krugman, as medidas tomadas por Trump são "demoníacas e megalomaníacas". Em artigo publicado no site Substack, o vencedor do prêmio Nobel de Economia em 2008 diz que essas tarifas representam um "programa de proteção a ditadores".
Krugman afirmou ainda que o presidente dos EUA "nem sequer disfarça que exista uma justificativa econômica" para sua decisão. "Tudo se resume a punir o Brasil por levar o ex-presidente Jair Bolsonaro a um julgamento", escreve ele.
A escalada nas tensões pode afetar não apenas o comércio entre os dois países, mas também as relações diplomáticas — especialmente se novos atritos se somarem à disputa tarifária.
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