Brics se transformou em importante protagonista na geopolítica mundial, diz Alckmin
O vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou há pouco que o Brics se transformou em um importante protagonista na geopolítica mundial.
"O presidente Lula tem defendido maior protagonismo sul-sul, multilateralismo e livre comércio. Destaco aqui o compromisso de Lula com governança e para o desenvolvimento e inclusão com sustentabilidade", disse Alckmin, que participa do Fórum Empresarial do Brics, no Pier Mauá, na região portuária do Rio, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Entre os países fundadores do Brics, criado há duas décadas, estão Brasil, Rússia, Índia e China, com a adesão da África do Sul alguns anos depois. Há menos tempo, o Brics foi ampliado, passando a contar com Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã. A Arábia Saudita tem participado do encontro, mas ainda não oficializou sua entrada definitiva no grupo.
Como anfitrião do evento em 2025, o Brasil convidou Belarus, Bolívia, Cuba, Nigéria, Casaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Usbequistão para participarem de sessões de debates mais amplas.
Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou que a participação dos representantes do Brics no evento é uma valorização do diálogo com o setor privado e reforça a importância do fórum para o comércio e investimentos intrabloco. "A CNI tem buscado a complementaridade de ações. Um dos objetivos é identificar sinergias com os mercados que já fazem parte do Brics e dos novos países do bloco", pontuou.
O intercâmbio comercial entre os países-membros do Brics ainda enfrenta uma série de entraves apesar da força econômica dos países que compõem o bloco - juntos respondem por cerca de 40% do PIB global e por quase um quarto do comércio mundial de bens.
Conforme relatório elaborado pelo Conselho Empresarial do Brics (Cebrics), órgão oficial de representação do setor privado dos países-membros, há 24 barreiras não tarifárias - de natureza regulatória, sanitária, fitossanitária, técnica, aduaneira e administrativa - que comprometem as trocas comerciais intrabloco.
A Índia aparece com o maior número de barreiras (10), seguida por China (9), Rússia (5) e Brasil (3).
"O comércio intrabloco comporta possibilidade de crescimento significativo. A liderança do Brasil em fóruns globais relevantes permite a construção de pontes entre diferentes blocos geopolíticos e a CNI está trabalhando para a articulação coordenada e propositiva para aumentar o impacto das recomendações da iniciativa privada. Vamos fazer com o Brics o mesmo esforço que já temos com o Mercosul", disse Alban.
O evento da CNI antecede a cúpula do Brics e aborda o desenvolvimento econômico sustentável por meio de estratégias de comércio e segurança alimentar, transição energética, descarbonização, desenvolvimento de habilidades e economia digital, além de financiamento e inclusão financeira no Brics.
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