Julgamento de Bolsonaro no STF: quando é o depoimento do ex-presidente
Bolsonaro será o sexto, de uma lista de oito, a ser interrogado. Cinco pessoas já foram ouvidas pelo Supremo. Os interrogatórios ocorrem seguindo a ordem alfabética
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos oito réus que estão sendo interrogados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta semana, em ação que investiga uma trama golpista para invalidar o resultado eleitoral de 2022, quando o então presidente Bolsonaro, foi derrotado nas urnas pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro será o sexto a ser interrogado, a lista está sendo executada em ordem alfabética, sem levar em conta o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid que abriu o interrogatório. Bolsonaro pode ser ouvido ainda nesta terça-feira, 10. Além de Cid, Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi interrogado na segunda-feira, 9.
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Na manhã desta terça-feira, a 1ª turma do STF iniciou as oitivas com o interrogatório do ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Pouco depois das 10 horas teve início o interrogatório do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Como os depoimentos não têm um limite de tempo pré-estabelecido, o número de interrogados por dia pode variar.
A expectativa é de que Bolsonaro deponha nesta quarta-feira, 12, mas o depoimento pode ocorrer até nesta terça-feira, 11.
Entre a tarde e a noite de segunda, foram dois depoimentos. Na manhã desta terça-houve também dois. Depois de Torres, o próximo a falar, nessa tarde, seria o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Heleno está em silêncio durante o interrogatório, feito por Moraes, que se iniciou após às 11 horas e só está respondendo as perguntas feitas pelos advogados de defesa.
Bolsonaro depõe na sequência e pode ser ouvido ainda na tarde de terça ou abrir os depoimentos da quarta-feira.
O relator e ministro do STF, Alexandre de Moraes, marcou sessões até sexta-feira para ouvir os réus e podem ser prolongadas, caso haja necessidade. Tanto Moraes, quanto o o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados de defesa poderão fazer indagações durante os interrogatórios. Os réus não são obrigados a responder, podendo optar por ficar em silêncio.
Ordem dos interrogatórios:
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência e delator) - já foi ouvido
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência) - já foi ouvido
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) - já foi ouvido
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) - já foi ouvido
- Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional - GSI) - está sendo ouvido
- Jair Bolsonaro (ex-presidente da República)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil - está preso)