Evandro diz que herdou dívida de R$ 4,6 bi e promete que Fortaleza "deixará de ser caloteira"
Prefeito participou da abertura dos trabalhos no Legislativo e citou o valor total da dívida para os próximos quatro anos. O valor a ser pago ainda em 2025 deve chegar perto de R$ 2 bilhões
O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), participou da abertura dos trabalhos legislativos na Câmara de Fortaleza (CMFor), nesta segunda-feira, 3, ocasião em que falou sobre a dívida deixado pela gestão anterior, do ex-prefeito José Sarto (PDT), e atualizou o montante da dívida pública, alegando que o valor total supera os R$ 4,6 bilhões para os próximos quatro anos.
Este valor não representa, necessariamente, situação de inadimplência da Prefeitura. O valor inclui empréstimos adquiridos para investimentos, e ainda com prazo para pagamento. Uma das queixas da nova administração, contudo, diz respeito ao valor para ser pago ainda em 2025, na casa de R$ 2 bilhões. Há reclamação ainda quanto à taxa de juros dos empréstimos.
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Em discurso na tribuna do Legislativo, Evandro destacou as realizações do primeiro mês de governo, lembrando da extinção da Taxa do Lixo e outras ações, e projetou os desafios dos próximos meses. Foi então que mencionou o valor total.
“Cumpre registrar, neste momento, o estado de extrema fragilidade financeira com que recebemos a gestão, inclusive com informações não fornecidas, de modo incompleto, para a equipe de transição. Hoje, temos uma dívida total que passa dos R$ 4,6 bilhões e um déficit acumulado de 2024 que deve reduzir nosso índice de capacidade de pagamento (Capag) do nível B para o C, comprometendo a capacidade de levantar recursos externos. Esse índice é relativo ao ano de 2024”, destacou.
O prefeito já havia antecipado que, para 2025, o valor da dívida aser paga chegaria próxima dos R$ 2 bilhões, contando operações de crédito e pagamentos atrasados a fornecedores.
“Neste cenário delicado, anunciamos as medidas de contenção de gastos. Redução salarial do prefeito, da vice-prefeita e de todos os secretários, dos cargos comissionados, dos terceirizados, de gratificações, e as reavaliações de contratos e aluguéis, dentre outras determinações que visam manter nossa capacidade de honrar compromissos ao longo do ano", ponderou.
E complementou: "Fortaleza deixará de ser uma cidade caloteira para honrar todos os seus compromissos”, concluiu.
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