"Estão atrás de um simples cearense que sonhou tomar café com o presidente", diz foragido do 8/1

Romário Garcia Rodrigues é investigado por incitação aos atos golpistas em Brasília. Ele fugiu primeiro para a Argentina, e agora foi localizado na Colômbia

O cearense Romário Garcia Rodrigues, de 34 anos, foragido por incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 na Praça dos Três Poderes, foi rastreado na Colômbia, após ter fugido para a Argentina e ter o paradeiro investigado por autoridades também no Peru e Chile.

De acordo com informações do jornal El Tiempo, da Colômbia, Romário esteve no país até, pelo menos, a última terça-feira, 3 de dezembro. Em suas redes sociais, ele disse estar sendo perseguido porque realizou o sonho de ter tomado café com o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL).

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"Eu acho engraçado que no Brasil tem tanto marginal sendo procurado e eles não vão atrás. Só estão vindo atrás de um simples cearense que um dia sonhou tomar café com o presidente do Brasil. E se tornou realidade e hoje eles me perseguem. Só avisando pra vocês que nem nos prédios do 8 de janeiro eu entrei", disse Romário.

O cearense foi preso por dois meses, ainda em 2023, após os atos de vandalismo e golpismo na capital do país. Depois do período detido, Romário teve a liberação em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e então fugiu para a Argentina.

Com uma emissão de ordem de extradição, o cearense e demais fugitivos deixaram Buenos Aires entre os dias 17 e 18 de novembro em nova fuga, desta vez para o Chile.

Fuja de cearense bolsonarista

O militante bolsonarista de Fortaleza é acusado pelos crimes de “atos terroristas, inclusive preparatórios”, “associação criminosa”, “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, “golpe de Estado”, “ameaça”, “perseguição” e “incitação ao crime”.

No Brasil, ele quebrou a tornozeleira e fugiu para a Argentina em novembro deste ano com um grupo de militantes bolsonaristas. Eles seguiram pelo deserto do Atacama, no Chile, e chegaram a Santa Rosa, no Peru, no dia 19 de novembro.

Romário Garcia se apresenta nas redes sociais como “nordestino bolsonariano”. No Instagram, ele se declara o “primeiro gay nordestino a tomar café da manhã com o presidente do Brasil” (Jair Bolsonaro).

Na última terça, 3, enquanto estava na Colômbia, Romário disse em suas redes sociais que queria retornar ao Brasil e se entregar à polícia, mas apagou as publicações em seguida, informa a apuração do Uol.

Essa rota de fuga se baseia na saída de um dos investigados do 8 de janeiro. Ele, que estava com tornozeleira, saiu do Brasil para o México com o pai em setembro. Depois, eles entraram ilegalmente nos Estados Unidos, pelo serviço de coiote que pagaram.

Para realizar o mesmo feito de chegar aos EUA, a partir da Colômbia, Romário precisará passar por uma região de floresta densa do Panamá. Isso o obrigaria a se arriscar de barco ou pegar um avião. Mas ao passar pelo controle migratório, deveria estar com o passaporte em dia.

 

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