A favor de delação, advogado deixa defesa de general preso por tentativa de golpe
Mario Fernandes foi preso no último dia 19 de novembro por envolvimento na trama golpista de 2022
Raul Livino, advogado que era responsável pela defesa do general Mário Fernandes, preso no último dia 19 de novembro por envolvimento com a tentativa de golpe após as eleições de 2022, decidiu deixar a defesa do militar. Ele já havia dito que a possibilidade de militar fazer uma colaboração premiada era uma das linhas de atuação que ele apoiava.
“A delação era uma das linhas e se apresentava justamente para esclarecer pontos do inquérito e não permanecer como o único responsável”, afirmou o advogado ao jornalista Caio Junqueira da CNN.
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Com a substituição de Livino, o responsável pela defesa passou a ser o advogado Marcus Vinícius Figueiredo, que já se disse contrário à delação premiada.
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Livino explicou que tinha falado com o general sobre a questão. “Eu estive com o Mário no Rio de Janeiro, conversei com ele e pedi para que ele lesse e soubesse que tinha várias linhas de ações na defesa e que não deixasse ficar tudo nas costas dele”, afirmou o advogado.
O jurista ainda explicou que havia se reunido por seis horas com o antigo cliente, na ocasião em que entregou estratégias de defesa e mostrou a ele o relatório da Polícia Federal.
À CNN, o ex-advogado do militar disse considerar ter havido uma “descortesia” por parte do novo advogado durante a sua substituição. Ele informou que passou uma procuração limitada a Marcus Figueiredo.
“Ele me ligou dizendo que precisava falar comigo, mas depois que eu constatei que ele já havia juntado a procuração à minha revelia, eu mesmo decidi sair do caso. Foi uma descortesia ele ter juntado sem ter falado comigo”, disse Livino.
O general Mário Fernandes estaria sendo pressionado pela família e considerando uma delação premiada diante das novas estratégias da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Uma delas seria culpar apenas os militares envolvidos como os beneficiados pela tentativa de golpe.