O POVO News: Bolsonaro fica furioso ao saber de áudio gravado por Ramagem no caso Abin

Programa ainda repercute a confusão do presidente dos Estados Unidos Joe Biden que chamou Zelensky, de "Putin"

O programa O POVO News realiza mais uma edição na manhã desta sexta-feira, 12. Com apresentação do jornalista Ítalo Coriolano, a edição repercute os desdobramentos da operação "Última Milha": as quatro prisões, a quebra de sigilo de documentos, além de um áudio em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, e o então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, falam sobre a investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da suposta "rachadinha".

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Bolsonaro irritado com áudio e com Ramagem

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria se irritado ao saber que a Polícia Federal possuía um áudio dele conversando sobre a investigação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da suposta "rachadinha".

A conversa ocorreu com o então diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Bolsonaro, general Augusto Heleno.

Segundo relatório da PF, a discussão circundava um plano para blindar Flávio no caso das rachadinhas, no qual o senador foi acusado de recolher parte do salário de ex-funcionários para benefício próprio, chefiando uma organização criminosa.

A Polícia encontrou este áudio, o que teria provocado indignação no ex-presidente. Bolsonaro questionou, aos gritos, “como um chefe da Abin grava um presidente?”, indignação que pode prejudicar a relação com Ramagem, pré-candidato bolsonarista à Prefeitura do Rio de Janeiro. Informações são do blog de Bela Megale, do jornal O Globo.

Quem estaria atuando para amenizar a situação seria o próprio assunto do áudio: Flávio Bolsonaro.

Em vídeo, Flávio disse que o caso das rachadinhas nada “tinha a ver” com as investigações da Abin e que não ia aceitar que um caso, no qual alega ter sido “vítima”, fosse usado contra ele.

"Parece que tinha uma força-tarefa do crime dentro da Receita contra mim. Isso tudo não tem absolutamente nada a ver com a minha defesa jurídica na época, que diz respeito a questões processuais, nada de mérito, e que foram reconhecidas pela Justiça, e o processo acabou. Portanto, nada a ver com qualquer coisa da Abin. Agora, eu não posso correr atrás dos meus direitos de vítima que eu fui, de criminosos de dentro da Receita, e isso é usado contra mim? Faça-me o favor, isso eu não vou aceitar", afirmou Flávio.

Para comentar sobre o caso, o programa ouvirá Leandro Demori, um dos 23 monitorados ilegalmente pela "Abin Paralela".

Ainda será tratada a confusão do presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, que chamou o presidente da Ucrânica, Volodymyr Zelensky, de "Putin", em menção ao presidente russo.

Além de Demori, o programa contará com a participação de Pedro Saliba, coordenador de Assimetrias e Poder na Data Privacy Brasil e de Guálter George, diretor de Opinião do O POVO.


O que se sabe sobre o áudio de Bolsonaro e Ramagem

A gravação remonta a um encontro realizado em agosto de 2020, também com a participação da advogada de Flávio. A conversa citou os auditores da Receita responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que baseou a investigação do caso Queiroz.

O relatório da PF cita a duração de 1 hora e 8 minutos, possivelmente gravada por Ramagem, que aponta que os três discutiram possibilidades de abertura de procedimentos contra auditores da Receita Federal que investigavam Flávio. A gravação foi encontrada num aparelho do próprio Ramagem.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o chefe da Abin teria dito no áudio que "seria necessária a instauração de um procedimento administrativo contra os auditores da Receita, com o objetivo de anular a investigação, bem como a retirada de alguns auditores de seus respectivos cargos".

Na representação de 187 páginas pela abertura da quarta fase da Última Milha, a PF diz que Ramagem teria determinado o monitoramento dos três auditores fiscais autores do RIF.

A ação clandestina era "urgente" e foi determinada "seguindo o modus operandi da organização criminosa para descobrir podres e relações políticas dos auditores", segundo a PF.

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