Caso Marielle: no Conselho de Ética, Chiquinho Brazão diz que provará inocência
Brazão quer retratação de quem o acusou de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora
Suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), o deputado preso Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) falou nesta quarta-feira, 24, durante sessão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Federal.
Por videoconferência, ele alegou que provará ser inocente e que espera "retratação" de quem o acusa pelo crime ocorrido em 2018, que também vitimou o motorista de Marielle, Anderson Gomes.
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"O que posso falar em minha defesa é que sou inocente e que vou provar, né? E sei que não há muito o que dizer, porque, pela grande relevância desse crime, sei como a Câmara está nesse momento, está se passando, com todos os deputados que aí estão", afirmou Brazão.
E seguiu: "Mas, ao final de tudo isso, eu provando – e provarei a minha inocência –, que pudessem, aqueles que já ouvi em outros momentos, se retratar futuramente em relação à minha família".
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Ele considerou que "a palavra de um deputado" tem o alcance "muito grande". "Vou me resumir a dizer para vocês que sou inocente e provarei a minha inocência. E que compreendo o momento que vocês estão passando, com uma grande mídia forçando em cima".
Por que Brazão pode se pronunciar?
O suspeito foi autorizado a falar porque o colegiado do Conselho de Ética teve de sortear um novo possível relator. Em processos de cassação de mandato, três membros da representação parlamentar são sorteados e o presidente escolhe o relator entre eles.
Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e Joseildo Ramos (PT-BA) foram os contemplados. Reis, no entanto, recusou a posição e foi substituída na lista por Jorge Solla (PT-BA). Leur Lomanto Jr. (União-BA), presidente do Conselho de Ética, ainda não definiu o relator.
Ao todo, sete nomes já foram sorteados desde que o caso de Brazão começou a tramitar. Os primeiros a recusarem foram Bruno Ganem (PODE-SP); Ricardo Ayres (Republicanos - TO); e Gabriel Mota (Republicanos - RR).