Wagner reage sobre câmeras em apartamento de esposa: "A quem interessa acobertar o criminoso?"

As investigações acerca do caso iniciaram ainda em 2023, no entanto, vieram a público nesta quarta-feira, 17

O ex-secretário de Saúde de Maracanaú, Capitão Wagner (União Brasil), utilizou as redes sociais para se manifestar acerca do ocorrido com a sua esposa, a deputada federal Dayany Bittencourt (União-Ce), que identificou câmeras de segurança escondidas no apartamento alugado por ela em Brasília

“Primeiramente dizer que não nos calaremos diante desse crime cometido contra nossa privacidade: imagens minhas e da minha mulher no banheiro, na cama”, seguiu. “A quem interessa acobertar o criminoso? Qual o motivo do crime? Vamos cobrar as respostas e as punições aos envolvidos”. 

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As investigações acerca do caso iniciaram ainda em 2023, no entanto, vieram a público nesta quarta-feira, 17. No dia 23 de agosto, conforme nota divulgada por Dayany, foi descoberta a existência de equipamentos de monitoramento no apartamento que ela alugou em Brasília.

“Uma invasão à minha privacidade e à privacidade do meu esposo, algo que nunca pensamos viver, o que transformou um espaço de segurança e conforto em um cenário de constante vigilância e medo”, diz a parlamentar em nota.

O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e estava em segredo de Justiça. “Continuamos lutando por justiça, para garantir que não tenhamos mais pessoas passando por esse tipo de violência e violação de seus direitos”, complementou a deputada.

Câmeras seriam de antigo dono e não teriam Dayany como alvo 

De acordo com o inquérito que apura as câmeras encontradas no apartamento alugado por Dayany, a instalação de quatro equipamentos de monitoramento não teria objetivo de espioná-la. A deputada começou a morar no imóvel no dia 21 de agosto de 2023, sete dias depois, dia 28, assessores identificaram a presença de câmeras escondidas.

"Diante dos depoimentos colhidos, não restam dúvidas de que a instalação encontrada na unidade 2053 foi feita anteriormente à sua locação pela comunicante/vítima da ocorrência, DAYANY, descartando portanto a suspeita de que ela fosse o alvo da ação", afirma a Polícia Civil do Distrito Federal em inquérito ao qual O POVO teve acesso. O caso foi revelado pela TV Record e confirmado por O POVO.

O antigo proprietário do imóvel, um dentista de 64 anos, afirmou, em depoimento incluído no inquérito, que colocou as câmeras na residência porque desconfiava que a camareira estava furtando objetos. Ele residiu no apartamento entre 2011 e 2020. 

"No entanto, o declarante (o dono do imóvel) diz que nunca aprendeu a acessar o sistema corretamente de modo que as câmeras não cumpriram com sua finalidade", diz no depoimento contido no inquérito de 68 páginas.

A mulher que comprou o apartamento do dentista, também em depoimento à Polícia Civil, alegou não se lembrar se o proprietário anterior havia a informado sobre a existência do circuito interno de câmeras. A câmera 1 ficava no quarto, apontando para a cama; a câmera número 2 ficava no armário, dando vista para o banheiro; a câmara número 3 apontava para a sala e para a cozinha; a câmera quatro estava com a lente escurecida, sem que as investigações pudessem apontar para onde apontava.

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