Reajuste salarial: servidores promovem atos em Brasília para pressionar governo Lula

Os trabalhadores se reuniram na Catedral de Brasília às 9h e se dirigiram até a sede do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que fica a cargo da negociação

Servidores públicos de entidades federais promovem atos nesta quarta-feira, 17, em Brasília, com o intuito de reivindicar o reajuste salarial e reestruturação de carreiras. A iniciativa de outras categorias ocorre em meio à greve dos profissionais da educação e aumenta a pressão sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os trabalhadores se reuniram na Catedral de Brasília às 9h e se dirigiram até a sede do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, que fica a cargo da negociação. Às 14h, docentes e técnicos dos institutos federais de ensino e das universidades federais organizaram um “aulão” em frente ao Ministério da Educação (MEC).

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Na terça-feira, 16, foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir as demandas dos servidores. Outros atos estão previstos para quinta-feira, 18.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), 24 universidades e instituições federais estão em greve. Os servidores do Ibama e ICMBio, por sua vez, suspenderam ações de fiscalização e concentram a atenção em atividades burocráticas há três meses.

Existe ainda paralisações pontuais e mobilização em outros setores, como Receita Federal, Banco Central, Comissão de Valores Imobiliários e autores fiscais agropecuários.

O Ministério da Gestão instalou uma mesa de negociação permanente em fevereiro do ano passado, contudo, enfrenta o desafio de conseguir espaço no orçamento sem afetar as políticas sociais.

A gestão sugere o aumento de benefícios como o auxílio-alimentação, creche e saúde, ainda no mês de maio. No entanto, a recomposição salarial seria negociada carreira a carreira, sem a garantia de reajuste ainda neste ano. O prazo para que os servidores manifestem decisão sobre a proposta é 19 de abril, entretanto, eles indicam que o acordo não será firmado.

A ministra da Gestão do governo, Esther Dweck, afirmou que a recomposição salarial não está prevista para este ano devido ao aumento linear de 9% autorizado em 2023, que impactou em grandes proporções o Orçamento de 2024. A líder da pasta garantiu, contudo, uma recomposição de 19% até o fim do governo Lula.

“O que a gente tem pactuado inicialmente dentro do governo é que a gente garantiria para todo mundo 9% (em 2023), mais 4,5% (em 2025) e 4,5% (em 2026). Ao todo, 19% acima da inflação do período. Ninguém teria perda ao longo do governo do presidente Lula” disse Dweck em entrevista ao programa “Bom dia, ministra”.

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