Luizianne justifica ausência em votação da prisão de Chiquinho Brazão
Deputada federal afirmou estar de licença médica. No total, a prisão foi mantida com 277 votos, vinte a mais que o mínimo necessário para ser aprovada
11:26 | Abr. 11, 2024
A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) justificou a ausência na votação sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo Luizianne, ela não compareceu por estar de licença médica nesta semana.
O pronunciamento se deu por meio de seu perfil nas redes sociais. Na publicação, ela diz que não estava presente, mas sempre foi “voz ativa na luta pela elucidação do crime e transparência das investigações”.
“A manutenção da prisão do parlamentar é a justiça finalmente dando respostas às muitas vozes incansáveis que por seis anos não silenciaram. A democracia sai fortalecida!”, completa.
O mandato da deputada Luizianne Lins (PT/CE) informa que a parlamentar não esteve presente à sessão de votação que manteve a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato de Marielle Franco, por estar de licença médica durante esta semana.…
— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) April 11, 2024A deputada ainda diz que deputados bolsonaristas teriam atuado para que a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara decidisse pela soltura de Chiquinho Brazão. Na CCJ, o resultado ficou em 39 favoráveis e 25 votos pela liberação de Brazão. "Felizmente não conseguiram. Mas a luta por justiça continua", escreveu Luizianne.
Além dela, faltaram à votação os deputados: Eduardo Bismarck (PDT-CE), Matheus Noronha (PL-CE) e Moses Rodrigues (União-CE). Destes, apenas Bismarck justificou a falta na ocasião. Segundo ele, faltou "em decorrência de uma viagem pessoal previamente programada".
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A votação foi apertada. No total, 277 deputados votaram a favor da manutenção da prisão e 129 votaram contra, além de 28 abstenções. O resultado ultrapassa apenas em 20 votos o mínimo necessário para que Chiquinho continuasse preso: 257 votos, que consiste na maioria absoluta dos membros da Câmara.
No Ceará, onze deputados federais do Ceará votaram pela manutenção da prisão de Chiquinho. Outros cinco parlamentares cearenses votaram contrários à proposta. Este último grupo se divide entre parlamentares do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e do União Brasil. Além disso, foram registradas duas abstenções e quatro ausências, dentre elas a de Luizianne.
A orientação do Governo, frisada pelo líder José Guimarães (PT) foi de orientar a base aliada a votar pela prisão. Havia do lado oposto, conforme percebido pelos resultados, uma movimentação crescente pela soltura de Chiquinho.