Mauro Cid imprimiu cartão falsificado de Bolsonaro no Palácio da Alvorada, atesta PF

Conforme a PF, o ex-ajudante de ordens entregou o documento falsificado pessoalmente ao ex-presidente. Ao menos 9 pessoas teriam se beneficiado de esquema

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outras 15 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) por crimes ligados à falsificação do certificado de vacinação para Covid-19. A corporação aponta, no inquérito que teve o sigilo retirado nesta terça-feira, 19, que Mauro Cid imprimiu o cartão de vacinação falso no Palácio da Alvorada e entregou em mãos a Bolsonaro.

Ao menos nove pessoas teriam se beneficiado de um esquema montado pelo ajudante de ordens Mauro Cid, incluindo a esposa e três filhas, o presidente e sua filha e o deputado Gutemberg Reis de Oliveira.

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Conforme a PF, dados técnicos permitem afirmar que a conta do ConecteSUS do ex-presidente foi acessada em 22 de dezembro de 2022 em um computador localizado no Palácio do Alvorada, residência
oficial presidência.

A pedido da PF, o Ministério da Saúde informou que o usuário associado a Bolsonaro emitiu o certificado de vacinação contra a Covid-19, por meio do aplicativo ConecteSUS, logo após Mauro Cid se conectar a um computador. 

Em depoimento, o ex-ajudante de ordens afirmou que, após a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19, imprimiu os certificados de vacinação ideologicamente falsos e entregou
em mãos a Bolsonaro. 

“QUE confirma recebeu a ordem do ex-Presidente da República, JAIR BOLSONARO, para fazer as inserções dos dados falsos no nome dele e da filha LAURA BOLSONARO; QUE esses certificados foram impressos e entregue em mãos ao presidente”, diz trecho do depoimento de Mauro Cid, anexado no inquérito da PF. 

A PF confirmou a impressão com o Recibo de Entrega de Discos Rígidos encaminhado pela Diretoria de Tecnologia do Palácio do Planalto. A impressora estava instalada na Ajudância de Ordens do Palácio do Alvorada, residência do então presidente.

“Os elementos de prova coletados ao longo da presente investigação são convergentes em demonstrar que JAIR MESSIAS BOLSONARO agiu com consciência e vontade determinando que seu chefe da Ajudância de Ordens intermediasse a inserção dos dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde em seu benefício e de sua filha LAURA BOLSONARO”, diz a PF.

E seguiu: “falsas realizada pelo grupo criminoso tinham não apenas plena ciência, como solicitaram/determinaram as inserções falsas nos sistemas do Ministério da Saúde”. 

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