Vereadora agride suplente, empurra colega e diz que teve 'roupas íntimas filmadas'

A confusão ocorreu em antessala na saída do Plenário, após a sessão ser suspensa devido a protestos de profissionais da educação e de outras categorias que estão na CMFor

A retomada dos trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), nesta quinta-feira, 1°, foi marcada por muita confusão e agressões envolvendo a vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT), o suplente de vereador Júlio Aquino, o Juninho (União Brasil) e a vereadora Cláudia Gomes (PSDB). A confusão ocorreu em antessala na saída do Plenário, após a sessão ser suspensa devido a protestos de profissionais da educação e de outras categorias que estão na CMFor.

Vídeo do O POVO flagrou o momento em que Ana Paula parte para cima de Juninho, desferindo tapas e murros contra o suplente de vereador, que não reage. Ela diz ainda que o suplente “irá pagar” pelo que fez aos profissionais, sem dar mais detalhes e sai do recinto. Juninho, rebate. “Nem filmar pode, a senhora diz que é vereadora e não tem educação”.

Posteriormente, Juninho concedeu coletiva explicando o ocorrido. O suplente alegou que quando a sessão foi suspensa pelo presidente da Casa, vereador Gardel Rolim (PDT), uma multidão saía do Plenário, quando começou um tumulto.

“Começou um empurra empurra e a vereadora Ana Paula caiu. Eu comecei a filmar. Na hora que ela caiu a cinco ou seis metros de mim, ela começou a insinuar que tinha sido empurrada. Quando comecei a filmar, ela viu que eu estava filmando, se levantou e veio em minha direção, não falei uma palavra (contra ela)”.

Juninho continuou: “Ela deu um tapa na minha cara, murros e derrubou meu celular. Estou saindo daqui agora, indo na delegacia. Fazer exame de corpo de delito. Na casa do povo não se deve aceitar nenhum tipo de agressão. Não sei qual a intenção dela; disse que eu era um covarde, fazendo algo com alguém; Não sou vereador, sou suplente. Não participo de votação. Eu não tenho como ajudar diretamente nenhum professor na reivindicação que é justa e válida. Não entendo a agressão".

Questionado por jornalistas se tinha em sua posse o vídeo que alegou ter filmado da vereadora caída no chão, Juninho mostrou o celular com a câmera danificada e disse que estava tentando destravar o aparelho para mostrar a filmagem, mas a queda teria supostamente afetado o funcionamento do celular.

Em coletiva posterior ao ocorrido, Ana Paula alegou que está sendo perseguida politicamente na Câmara e que a prática tem lhe causado adoecimento mental. “A Câmara Municipal me adoeceu mentalmente. Estou lutando para sair desse quadro”, disse. Sobre a agressão, a vereadora contou que tropeçou e e caiu no momento em que muitas pessoas saiam do plenário e que teve as roupas íntimas filmadas no momento em que se levantava.

“Estou de saia, como vocês podem ver, e o cara estava filmando minha calcinha. Eu não posso ser conivente com isso. Filmar minha calcinha eu não permito. Quem estava ali viu que minha calcinha apareceu e ele estava me filmando”, comentou.

Em outro momento, uma confusão envolveu Ana Paula e a vereadora Claudia Gomes. Ana Paula segurava cartaz e protestava enquanto o prefeito José Sarto (PDT) estava na tribuna. Cláudia tentou retirá-la de lá e Ana Paula reagiu empurrando-a no rosto. Cláudia disse que estava “abalada” com a situação, informando que iria tomar providências.

"Fui conversar com meu presidente (Gardel), que estava num momento difícil, acuado, para tirá-lo de lá e fui empurrada no meu rosto (Por Ana Paula). Uma outra vereadora tirou ela de cima de mim. Isso nunca tinha acontecido, somos altamente unidas aqui (...) A pessoa ser violentada na frente de todo mundo por outra colega é inadmissível. Estou surpresa. Vou fazer um Boletim de Ocorrência (B.O), fui agredida. Vou conversar com o presidente (Gardel) e com a Mesa Diretora para definir o que vamos fazer", disse Cláudia.

Sobre a confusão, Ana Paula disse que “não agrediu ninguém” e contou sua versão. “Eu estava me manifestando, quando a vereadora Cláudia veio para tomar as dores do vereador Gardel; me empurrou e eu revidei; Era isso que queria deixar registrado. Nesse momento que ela saiu para intervir eu só revidei para que dissesse que não pegasse em mim ou na minha irmã que estava no Plenário”, pontuou.

 

Com informações de Thays Maria Salles e Carlos Mazza

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