"Não é humanamente aceitável", diz Lula sobre Gaza em almoço com repatriados

Em almoço de Natal com repatriados de Gaza, o presidente lamentou vítimas civis no conflito e voltou a defender a liberação de todos os reféns na região

Em almoço de Natal com brasileiros repatriados da Faixa de Gaza, o presidente Lula (PT) voltou a criticar nesta segunda-feira, 25, o atual conflito na região. Lamentando a morte de mulheres e crianças na guerra, o presidente classificou a situação como “humanamente inaceitável”. As informações são da agência Reuters.

"Quero dizer para vocês que não é possível aceitar o que está acontecendo”, disse o presidente no almoço, organizado pela Presidência da República com repatriados que chegaram de Gaza no último sábado, 23. "Não é possível tanta morte de mulheres, de tantas crianças, a destruição de todo patrimônio que foi construído pelo povo palestino”.

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21 repatriados participaram do almoço com Lula. Ao todo, o grupo era composto por 30 pessoas, incluindo 16 brasileiros com dupla nacionalidade e 14 familiares palestinos. Sete deles, no entanto, já voltaram para seus países de origem. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com a última leva chegou no último sábado vindo do Cairo, no Egito.

Realizados por Israel desde outubro, os bombardeios na região já causaram a morte de quase 20,7 mil pessoas e deixaram mais de 54 mil feridos, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza. As ações ocorrem em resposta a ataques do Hamas, grupo palestino que governa a Faixa de Gaza, em 7 de outubro.

Com alvos no sul de Israel, os militantes do movimento provocaram naquela data a morte de 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns, a maioria civis. Nas últimas semanas, no entanto, o grande número de vítimas civis na Faixa de Gaza tem ampliado a pressão internacional sobre Israel para que o país mude sua estratégia no conflito.

Neste sentido, Lula voltou a defender nesta segunda a criação de um Estado Palestino na região, reforçando também que o governo brasileiro seguirá com ações de repatriação de brasileiros que estiverem na região. "Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para ir buscá-los", disse.

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