Girão critica indicação de Dino para o STF: "Símbolo da vingança, do deboche"

Senador cearense também felicitou manifestantes que fizeram ato na Avenida Paulista no último domingo

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento no Plenário na última segunda-feira, 27, a indicação, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

Girão considera que Dino “boicotou” as investigações da CPMI do 8 de Janeiro, quando se recusou a entregar imagens de câmeras de segurança da área externa do Ministério da Justiça. O senador alegou que a indicação configura um ato de “revanche e vingança” e disse ser contrário ao que chamou de “politização do tribunal” com a inserção de um político “nato” na Suprema Corte.

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"[Lula] Está colocando o símbolo da revanche, colocando o símbolo da vingança, do deboche. É assim que vai pacificar o Brasil? (...). O STF, a gente já questiona por ser muito político, tribunal politiqueiro. Vai colocar um político nato lá dentro? É muito estranho", afirmou.

O parlamentar também destacou os manifestantes que participaram de um ato no domingo, 26, em São Paulo, em protesto pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, preso acusado de participar dos ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro.

Ele morreu no dia 20 de novembro, após sofrer um mal súbito durante banho de sol no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Segundo o senador, os brasileiros que estiveram na Avenida Paulista de maneira "pacífica e democrática" demonstram que a população está disposta a voltar às ruas para cobrar direitos.

"Estão de parabéns todos os brasileiros que compareceram e manifestaram pela volta dos direitos humanos no Brasil, pela democracia, pela liberdade (...). Ontem [domingo] o brasileiro deu o grito de liberdade, sem medo dos poderosos e voltou às ruas. E isso vai ser só o começo. Já tinha começado, lá em outubro, por causa da questão do aborto, quando o STF, de forma também a usurpar o poder do Congresso Nacional, começou a colocar em pauta a questão da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação", enfatizou o senador cearense.


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