Dino diz que há interesse em decretar GLO no Porto do Pecém

Ministro da Justiça e Segurança Pública avaliou que GLO é fenômeno nacional e pode ser avaliado no Ceará

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que há interesse em decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Porto do Pecém.

"A GLO que o presidente decretou nos portos e aeroportos do Sudeste interessam aqui no Ceará”, afirmou o ministro nesta quinta-feira, 16, durante evento de anúncio de investimentos na segurança pública no Ceará.

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“Poderá em algum momento ser feito GLO no porto do Pecém? Claro que sim. Não estou dizendo que será, porque nós precisamos conversar com o governo, com os operadores portuários”, acrescentou e justificou apontando que a lei “é um fenômeno nacional”. “Nós estamos com esse modelo funcionando no Rio, São Paulo, e ao meu ver, funcionando positivamente”, avaliou.

Nos casos de GLO, os militares das Forças Armadas são enviados pelo presidente da República para atuar diretamente na segurança dos estados, com poder de polícia. A ação deve ser por um período limitado e em uma área restrita. 

Em 1º de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou GLO nos portos Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro, e na cidade de Santos, em São Paulo, assim como os aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), devido a crise de segurança pública no Rio, agravada por ataques depois da morte de um miliciano. A operação deve seguir até maio de 2024. 

Ricardo Moura, pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da UFC e colunista do O POVO, classificou a GLO no Rio e em São Paulo como “uma medida perigosa” e que o governo faz mais do mesmo na segurança pública.

“Esse precedente da GLO é um precedente muito perigoso. Porque ela cria uma suspensão de alguns direitos, ela cria uma anomalia no cotidiano”, avaliou. “A mudança do governo Lula que se esperaria dentro da segurança pública a gente não vê, a gente vê mais do mesmo sendo replicado”, completou.

Tráfico de drogas no Porto do Pecém

A reportagem “Tráfico marítimo” do O POVO mostrou como os portos estão sendo utilizados pelo crime organizado no transporte de drogas, utilizando o caso dos navios, que são submersos e próximos a hélices das embarcações. O método dificulta a apreensão das substâncias pelas forças de segurança.

Já em outubro deste ano, a Polícia Civil apreendeu 55 quilos de cocaína no casco de um navio, atracado no Pecém. Foi a quinta captação de drogas em um período de cinco anos, conforme informações do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), apurados pelo O POVO.

A droga veio do porto de Santos, no Rio de Janeiro, onde está sendo realizado GLO.

 

 

 

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