Após gritaria, briga, murro na mesa, acusação de agressão, aliados de RC deixam reunião do PDT

"Não terminou bem", afirmou André Figueiredo. "Vamos tomar decisões, porque não dá para conviver com ditadura dentro do PDT"

Terminou em briga mais uma reunião do diretório estadual do PDT Ceará. O presidente estadual da legenda, senador Cid Gomes, colocou em pauta nesta sexta-feira, 29, a deliberação sobre o partido apoiar ou não o governo Elmano de Freitas (PT). O assunto causou muita discussão e, a pedido do presidente nacional da sigla, André Figueiredo — licenciado da presidência estadual — pediu que o assunto fosse retirado de pauta. Mesmo com a decisão de não tomar a decisão nesta sexta, houve muita confusão.

Cid lidera o grupo que é favorável ao apoio formal. André é contra, alinhando-se como grupo do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que preside a sigla em Fortaleza.

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Na discussão, Cid afirmou que a posição de André, de ser contra apoiar o governo, é minoritária. "Já tá perdendo, só tem 25%". O senador acrescentou sobre o partido não formalizar o apoio: "Não fazer isso (apoiar oficialmente o governo) é ser falso, é ser hipócrita, é não fazer o certo".

O senador falou ainda a André: "Eu não tenho medo da nacional".

O debate teve gritos e murro na mesa. André Figueiredo saiu falando em agressão.

Um dos envolvidos seria o deputado estadual em exercício Guilherme Bismarck (PDT). Partidário da ala cidista, ele teria, segundo o grupo alinhado a André, levantado-se com intenção de intimidar. O bloco oposto argumenta que ele teria apenas se defendido. Houve tumulto, com muita gente se levantando e intervindo. "Calma, calma, por favor, por favor, Guilherme, Guilherme", intermediou Cid.

Retirada do grupo de André

O grupo de André e RC, com poucos representantes presentes, retirou-se em protesto. "Não terminou bem", afirmou o deputado federal na saída. "Vamos tomar decisões, porque não dá para conviver com ditadura dentro do PDT".

Ele disse ainda: "Resolvemos nos retirar para não sermos coniventes com agressões descabidas dentro do PDT contra companheiros nossos".

Posição de Cid

Aos jornalistas, Cid Gomes assim comentou o que se passou: "Nós ficamos vendo o passado, pensando no futuro e aí as intervenções mais acoloradas acabaram provocando manifestações mais duras, alguns se incomodaram. Isso acabou acirrando os ânimos".

Ele demonstrou surpresa ao ser informado sobre a fala de “ditadura no PDT”. “Ditador? Eu fui acusado de ditador? Se fui acusado em minha defesa, o que eu faço é reunir as instâncias partidárias. Alguém pode ser ditador com essa característica? Faço reunião de 15 em 15 dias da Executiva e uma vez por mês do diretório. Isso é atitude de ditador? Eu não mereço esse título”.

Com informações de Júlia Duarte

Atualizada ás 22h40min

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