Cearense foragido por atentado à bomba tenta entrar em evento com Lula no Paraguai

Ele é um dos reús por ter participado de ação que terminou com a colocação de uma bomba em carro-tanque no aeroporto de Brasília

O blogueiro cearense Wellington Macedo, um dos três réus acusados de tentar explodir uma bomba no aeroporto de Brasília, tentou se credenciar para cobrir a posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, nesta terça-feira, 15. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um dos convidados do evento.

Conforme noticiou a Folha de S. Paulo, o bolsonarista enviou uma solicitação para participar da cerimônia cerca de seis dias antes do evento. Ele se inscreveu como jornalista independente, pelo El Pueblo Podcast. O governo paragueio negou o acesso e o envio de uma credencial após ser avisado pela delegação brasileira.

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Nascido no Ceará, Wellington Macedo se tornou um três réus acusados de tentar explodir uma bomba em um caminhão próximo ao aeroporto de Brasília em dezembro do ano passado. Após apurações da Polícia Civil do Distrito Federal, ele, George Washington de Oliveira e Alan Diego dos Santos Rodrigues foram denunciados por terem transportado uma bomba do acampamento bolsonarista até o aeroporto do Brasília. O artefato foi deixado próximo a um carro-tanque, mas o dispositivo não funcionou.

Os três se tornaram réus em janeiro, após o Tribunal de Justiça do DF aceitar a denúncia do Ministério Público (MPDF). Apenas Macedo segue foragido e disse "estar bem longe". Durante depoimento à Justiça em julho, ele afirmou, chorando, ter dado “graças a Deus por bomba não ter explodido”.

“Queria ver o que tinha acontecido. Peguei o carro e voltei ao local para ver, eram 8 horas da manhã. Só ia acreditar se visse a polícia no local e vi muita polícia no local. Dei graças a Deus daquilo não ter explodido. Voltei para casa sem saber o que fazer”, pontuou, chorando. Wellington Macedo declarou ser evangélico desde criança e que, desde os acontecimentos, passou a “orar muito”.

O blogueiro cearense afirmou, em abril deste ano, estar escondido na propriedade de um empresário bolsonarista. Ele acrescentou que não vai se entregar à polícia e que se considera “alvo de perseguição do Judiciário”.

Além do atentado à bomba

Antes do caso, em outubro, ele teve a prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por incitar e financiar os atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021. Contudo, o ministro estabeleceu a soltura do jornalista, após reconhecer que não havia mais justificativa para a manutenção da detenção, tendo em vista que a data da ação já havia passado.

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