Reajuste servidores: Governo cancela reunião e diz seguir na análise de contraproposta

O Governo se comprometeu em analisar um possível aumento no percentual de reajuste acima dos 9%

O Governo Federal cancelou a reunião que iria acontecer nesta terça-feira, 7, envolvendo os servidores federais e membros do ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Segundo a ministra Esther Dweck, o cancelamento foi necessário para que o governo siga avaliando uma contraproposta para o reajuste dos servidores.

A titular foi perguntada, pelas redes sociais, se o encontro havia sido cancelado e confirmou com a justificativa de que a gestão ainda estava avaliando uma contraproposta. "Sim, exatamente para avaliar melhor a contraproposta das servidoras e servidores", respondeu. Um e-mail também foi enviado aos representantes de sindicatos que iriam participar da nova rodada da mesa de negociação.

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"Brevemente, entraremos em contato comunicando a nova data. Reafirmamos o real interesse e expectativa desta", disse a Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho (SEGRT) no comunicado. A pasta afirmou que o processa "seja concluído o mais breve possível".

Após a reunião da última terça-feira, 28, o Governo se comprometeu em analisar um possível aumento no percentual de reajuste acima dos 9%, defendidos inicialmente pela gestão. O prazo para a apresentação era a sexta-feira, 3, o que dava alguns dias para os sindicatos analisarem a proposta. No entanto, a entrega foi cancelada, mas tinha sido mantida a reunião na terça.

Com o novo cancelamento, ainda será divulgado a data para reunião. Os servidores pedem 13,5%, mas o Governo vinha defendendo que só poderia conceder 9%, a maior proposta do Executivo, a partir de maio.

O teto em 9% é justificado porque o Governo dispõe de R$ 11,2 bilhões para negociar o reajuste deste ano. A intenção é propor esse aumento e negociar uma reposição para os próximos anos, para que seja possível incluir no Plano Plurianual e nas Leis Orçamentárias (LDO e LOA).

Na sexta-feira, 24, os servidores apresentaram uma contraproposta pedindo 13,5% de aumento este ano. Eles julgam ser possível aumentar esse montante de R$ 11,2 bilhões por meio de crédito adicional. No entanto, o Ministério avalia ser muito difícil dar reajuste superior aos 9% este ano, já que não foi indicado nem tinha previsão orçamentária na LOA. O montante entrou no orçamento pela PEC da Transição, aprovada pelo Congresso Nacional.

Com informações de João Paulo Biage/Correspondente de Brasília 

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