Izolda critica programa de escolas cívico-militares: "Modelo ideológico"

A poucos dias de assumir como "número 2" do MEC, a governadora minimizou o modelo cívico-militar em prol do ensino integral e profissionalizante

Futura secretária-executiva do Ministério da Educação, a governadora Izolda Cela (sem partido) criticou nesta quinta-feira, 29, a priorização feita pela gestão Jair Bolsonaro (PL) pela implantação do modelo de escolas cívico-militares, unidades de ensino implementadas em parceria entre o MEC, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas.

“Eu penso que a gestão pública não deve, no meu entendimento, se comprometer com modelos ideológicos, na perspectiva de dar escala para aquilo. E é algo com bases muito questionáveis, é aquela ideia de que, com um militar na escola, a disciplina vai estar garantida, o que é bastante questionável”, diz Izolda, em entrevista ao O POVO.

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“E olha que sou uma defensora da disciplina, vejo ela como um elemento importantíssimo para o ambiente escolar”, continua. Apesar disso, a governadora diz que toda “diversidade” na rede de ensino é “bem vinda”, citando a existência no Ceará de escolas militares tanto da Polícia Militar quanto do Corpo de Bombeiros, como também unidades de comunidades indígenas ou do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“A diversidade é bem vinda. Agora, em termos de escala… aí nós temos que nos comprometer é com as Escolas em Tempo Integral, apoiar aquilo que buscar enriquecimento de currículos, de garantir melhores oportunidades para os jovens. É com isso que deve se comprometer uma gestão, e não em aspecto de modelagem ideológica”.

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