Temer diz que Dilma é "honestíssima", mas teve dificuldades em se relacionar

Ele disse que acompanhou as investigações do processo de impeachment e não houve nada que pudesse relacionar a petista com corrupção

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira, 21, que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi "impeachmada" em 2016 devido à sua dificuldade em se relacionar com os parlamentares que faziam oposição à petista no Congresso. Além de defender a constitucionalidade do processo que derrubou a ex-aliada, ele declarou que Dilma é “honestíssima” e não houve nada que pudesse relacionar a presidente a alguma tipo de corrupção.

"Não houve golpe. Eu quero dizer que a ex-presidente é honesta. Eu sei, e pude acompanhar, que não há nada que possa apodá-la de corrupta. Ela é honestíssima. Mas houve problemas políticos. Ela teve dificuldades no relacionamento com a sociedade e com o Congresso Nacional. Esse conjunto de fatores levou multidões às ruas", afirmou Temer em entrevista ao UOL.

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No entendimento do emedebista, o impeachment de um presidente não é uma iniciativa que seja arquitetada pelo Poder Legislativo. Mas ele seria fruto de um movimento vindo da população como um todo. Essa ação seria capaz de influenciar as decisões dos deputados federais assim como dos senadores.

Temer disse também que um eventual processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) só seria viável caso houvesse uma pressão vinda da população. Ele considera “natural” que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), não aceite os pedidos de impeachment presentes no Parlamento contra o mandatário. "No entanto, (Arthur Lira) deveria logo examinar esses pedidos. Processá-los ou indeferi-los", diz.

Até o momento, existem cerca de 145 pedidos de impedimento contra o mandatário pendentes de análise na Câmara. O mais recente foi protocolado nesta quarta-feira, 20, devido a uma transmissão nesta semana, feita pela TV Brasil, de um ato político com a participação de embaixadores internacionais em que Bolsonaro reiterou ataques ao sistema eleitoral do País, além de atacar ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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