Lula e Ciro lamentam ódio político que culminou na morte de petista e bolsonarista

Presidenciáveis prestaram solidariedade aos familiares de ambas as partes e demonstraram preocupação com o acirramento político no País a menos de três meses da eleição

Os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) usaram as redes sociais para manifestar solidariedade e preocupação após episódio que culminou no assassinato do guarda municipal e líder petista Marcelo Arruda pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, após discussão na noite do último sábado, 9, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

O policial penal, que seria bolsonarista, também foi baleado e depois encaminhado ao hospital. De início a Polícia Civil informou que o agressor também teria morrido após ser baleado, mas posteriormente disse não ser possível confirmar a informação.

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O confronto ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos de Marcelo, que tinha como tema símbolos ligados ao PT e ao ex-presidente Lula. Testemunhas alegam que Guaranho passou em frente ao local e ameaçou as pessoas ali presentes.

Ao sair, o homem ainda teria prometido que voltaria, o que fez com que Marcelo pegasse sua arma para o caso de Guaranho retornar. Os relatos apontam que, posteriormente, o policial penal teria retornado e atirado contra o guarda municipal, que revidou.

Lula narrou o ocorrido destacando que Marcelo foi morto por “intolerância” e que se defendeu e “evitou uma tragédia ainda maior”. O caso ocorre a pouco menos de três meses das eleições de 2022, num clima de acirramento político, sobretudo entre petistas e bolsonaristas.

Na sua fala, o ex-presidente prestou solidariedade aos familiares de ambas as partes. “Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda", destacou.

E seguiu: "Também peço compreensão e solidariedade com os familiares de Guaranho, que perderam um pai e um marido para um discurso de ódio estimulado por um presidente irresponsável”, escreveu Lula.

As falas dos presidenciáveis foram num momento em que as autoridades ainda diziam que ambos teriam morrido após o ataque do policial penal.

Já Ciro lamentou o ocorrido que, segundo ele, foi motivado por um “ódio político” que provoca uma guerra sem sentido e sem propósito no Brasil. “O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas. Que Deus, na sua misericórdia, interceda em favor de nós brasileiros, pacificando nossas almas, e traga conforto às duas famílias destruídas nesta guerra absurda”, pontuou Ciro.

Neste domingo, 10, o PT divulgou uma nota afirmando que ocorrido trata-se de um crime político. A Prefeitura de Foz do Iguaçu também divulgou nota lamentando a morte de Arruda e destacou sua atuação na 1ª turma da Guarda Municipal e seus 28 anos de corporação. O caso está sob investigação policial.

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