Vereador ligado ao MBL quer suspender cachês de artistas que se manifestarem eleitoralmente

Texto, apresentado na Câmara Municipal de São Paulo, estabelece ainda punições para aqueles que se manifestarem em eventos custeados com verbas públicas

Integrantes do MBL em São Paulo apresentaram um texto que prevê a suspensão de cachês para artistas e empresas que realizarem manifestações de cunho eleitoral com apoio explícito a um partido ou candidato em eventos bancados com verbas públicas municipais. Na Câmara Municipal de São Paulo, o projeto tem autoria do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), que além da proibição estabelece punições para ações do gênero.

O texto apresentado à Câmara no último dia 1° de junho considera manifestações de cunho eleitoral “aquela que faz, direta ou indiretamente, qualquer tipo de referência, menção, alusão, exaltação de qualidades ou crítica a partidos, pré-candidatos, candidatos, dirigentes partidários e/ou qualquer reconhecida liderança política em ano de eleição”.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

De acordo com o projeto, artistas e empresas que descumprirem a determinação podem ser punidos com suspensão imediata do pagamento do cachê; multa de até 50% sobre o valor do contrato e impedimento de licitar com o poder público municipal por, no mínimo, um ano.

Na justificativa, Rubinho argumenta ser “imoral que o cidadão seja obrigado a financiar discursos políticos disfarçados de atuação artística” e que não se pode “usar como subterfúgio a defesa à liberdade de expressão para justificar um claro descaso com o dinheiro do trabalhador e pagador de impostos”, complementa.

“O bolso do cidadão vai ser respeitado”, escreveu o parlamentar nas redes sociais ao divulgar a proposta apresentada. De acordo com informação da coluna Painel, da Folha, a previsão é de que textos similares ao de Rubinho sejam apresentados nas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, Valinhos e Sorocaba.

O projeto ocorre num momento de acirramento envolvendo o posicionamento de artistas em ano eleitoral, com alguns deles sendo criticados por supostamente realizar manifestações sobre determinados políticos durante eventos.

No caso mais recente, a cantora Ludmilla foi criticada pelo MBL após fazer um “L” com a mão, durante apresentação na Virada Cultural de São Paulo, mas explicou que o símbolo era referência à primeira letra de seu nome. Segundo o vereador de SP Fernando Holiday (Novo), a cantora teria levado a plateia a fazer símbolo ligado ao ex-presidente Lula (PT) e pediu o bloqueio de seu cachê.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

eleições 2022 ludmilla rubinho nunes MBL São Paulo

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar