Bolsonaro recua e agora diz que "não há denúncias consistentes de corrupção" em seu governo

Antes, Bolsonaro dizia que não houve corrupção em seus mais de 3 anos de gestão. Nesta quinta, chefe do executivo destacou que caso apareça alguma denúncia consistente, irá ajudar na busca pelos envolvidos.

Durante participação na entrega de uma obra na Paraíba, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, no seu governo, “não há denúncias consistentes de corrupção”. É possível perceber uma mudança no discurso do presidente, já que antes ele dizia que em sua gestão não existia corrupção. As declarações foram dadas por Bolsonaro nesta quarta-feira, 5, enquanto discursava para apoiadores.

Confira momento da fala do presidente:

O chefe do Planalto disse ainda que caso surja alguma “denúncia consistente”, irá colaborar na busca pelos culpados. “E digo mais, se aparecer, nós ajudaremos a identificar os possíveis culpados e ajudar para que a Justiça decida o seu destino”.

É comum que Bolsonaro defenda a tese de que não existe corrupção em seu governo. Ao participar da "Cúpula pela Democracia”, evento organizado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no ano passado, Bolsonaro disse que o Brasil estaria “há quase 3 anos sem corrupção”.

Mas a realidade não se reflete nas palavras do presidente. Há diversos casos ligados a supostos esquemas de corrupção na gestão bolsonarista. Um exemplo é o caso da vacina Covaxin, que além de ser investigado pelo Ministério Público Federal, também foi pauta da CPI da Covid. Há a suspeita de superfaturamento na compra do imunizante.

Há também suspeitas de corrupção no Ministério da Educação. Em áudio vazado, Milton Ribeiro, então ministro da pasta, dizia que iria priorizar amigos de pastores evangélicos a pedido de Bolsonaro. Logo após, houve relatos de cerca de 10 prefeitos sobre pastores que teriam pedido propina para ajudar na liberação de recursos para suas respectivas cidades. Sob pressão, Ribeiro pediu demissão da pasta em meio ao escândalo.

O Ministério do Meio Ambiente também não passou ileso às investigações da Polícia Federal. Neste caso, o investigado foi o então ministro Ricardo Salles, sob suspeitas de funcionários da sua pasta estarem favorecendo indevidamente empresas atuantes no contrabando de madeira. Na época, não só Salles deixou a pasta, como também o presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Presidente Bolsonaro corrupção Bolsonaro evento Paraíba

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar