Bolsonaro "não acredita em Deus, ele é mentiroso até nisso", diz Lula

Durante coletiva, Lula fez uma série de declarações em aceno aos evangélicos

Em mais um aceno ao eleitorado evangélico, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez acusações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que as manifestações religiosas do adversário são uma "peça eleitoral".

"[O povo evangélico] Ele tem de saber que o presidente atual não acredita em Deus, ele é mentiroso até nisso. Olha os olhos dele quando ele fala em Deus, aquilo é uma peça eleitoral, ele tramou com outros pastores. Quando, na verdade, o comportamento dele, a vida dele, a vida militar dele não é condizente com um cristão, temente a Deus, não é. A história dele é o outro lado", disse durante entrevista a jornalistas da mídia independente e youtubers, nesta terça, 26.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Questionado sobre como conquistar eleitores evangélicos, que atualmente compõem a base de Bolsonaro, Lula respondeu que não se deve "confundir o povo evangélico com alguns pastores" e disse que o segmento religioso "nunca foi tão respeitado" como no período em que ocupou a Presidência da República.

"O povo evangélico é um povo muito grande neste país. É um povo muito esperto, que cuida da família como deve cuidar. A gente não tem que conversar com pastor. [Ir] atrás daquele farofeiro que fala, fala e fala, em nome de Deus, cometendo pecado todo dia — até por que usar o nome de Deus em vão é um pecado. Nós temos que conversar com o povo, o homem e a mulher evangélicos", afirmou. "Pode pegar o cara que menos gostar de mim. Ele vai dizer: no tempo do Lula, o povo evangélico comia mais, ganhava mais, porque o salário mínimo era aumentado todo ano", continuou Lula.

Entre o eleitorado evangélico, o petista enfrenta desvantagem em relação a Bolsonaro nas eleições de 2022. Na tentativa de modificar esse cenário, o PT criou núcleos de evangélicos em 21 estados para tentar recuperar a popularidade entre os fiéis.

Enquanto isso, a cúpula da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), a mais tradicional desse segmento evangélico no País, selou no último dia 19 uma aliança para apoiar a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

O apoio foi dado publicamente por líderes da instituição na Assembleia Geral Ordinária da convenção, que ocorreu em Cuiabá, em um dos maiores templos da igreja no Brasil. O grupo é liderado pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

lula evangélicos bolsonaro religião eleições 2022

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar