Licença do vereador Ronivaldo termina, mas ele não retorna à Câmara

A licença de 120 dias se encerrou no último dia 2 de abril. Em nota, parlamentar alegou estar de atestado médico

14:13 | Abr. 04, 2022

VEREADOR Ronivaldo Maia deverá recorrer da expulsão (foto: Érika Fonseca/Divulgação)

O vereador Ronivaldo Maia (PT) retornaria ao mandato nesta semana, mas não o fará por questões de saúde. A informação foi repassada em nota do parlamentar ao O POVO. A licença de 120 dias solicitada ainda no início de dezembro do ano passado se encerrou no último dia 2 de abril.

"O vereador não retornará à Câmara agora por encontrar-se de atestado médico por complicações decorrente de diabetes", diz a mensagem que enfatiza ainda que o parlamentar "nega a acusação de feminicídio e está seguro de que a justiça será feita".

Ronivaldo se afastou das funções na esteira do caso em que foi preso por tentativa de feminicídio em Fortaleza. Na ocasião, ele avançou com um carro contra uma mulher com quem tinha um caso extraconjugal, segundo informações das autoridades de segurança. À época, relatos foram de que a vítima teria sido arrastada, agarrada ao para-brisa, por uma distância de três casas.

O petista chegou a ficar preso por cerca de dois meses, mas conseguiu um habeas corpus no dia 1° de fevereiro e teve a prisão preventiva substituída por um conjunto de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica. O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) foi acionado para decidir se ele quebrou ou não decoro parlamentar.

No último dia 15 de março, o diretório do PT Ceará abriu processo disciplinar contra o vereador. Petistas estabeleceram prazo de até 90 dias para avaliar o caso e decidir se expulsam ou não Ronivaldo da sigla. A membros da comissão do partido, criada para avaliar o ocorrido, ele se disse arrependido em janeiro passado.

"(...) tão logo percebeu que ela havia caído, parou o carro e poucos minutos depois voltou à residência da vítima para ver como ela estava e para conduzi-la ao hospital. No final disse que se arrependia do ato praticado e que confiava na avaliação da comissão, no partido e em sua direção", diz o relatório baseado no depoimento do vereador à comissão.