Justiça condena vereador Gabriel Monteiro a indenizar médico de UPA em R$ 20 mil

Em sua decisão, o juiz Mauro Nicolau Júnior determinou que a conduta do parlamentar foi um "exercício arbitrário e abusivo dos poderes de seu cargo"

O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) condenou, nesta sexta-feira, 1º, o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) a indenizar por danos morais o médico que trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, por constrangimento no local de trabalho.

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro já recebeu 13 denúncias contra Monteiro. Além das mais recentes, por parte de seus ex-funcionários, outras sete estão paradas no Conselho de Ética, parte delas relacionada a incidentes como o ocorrido no Hospital Albert Schweitzer em novembro de 2021, no qual o vereador e sua equipe entraram em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Rio de Janeiro (RJ), munidos de armas de fogo, e ameaçaram médicos da unidade.

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Em sua decisão, o juiz Mauro Nicolau Júnior determinou que a conduta do parlamentar foi um “exercício arbitrário e abusivo dos poderes de seu cargo” e que o processo fosse encaminhado ao Ministério Público e ao presidente da Câmara dos Vereadores do Rio para que tomem as "medidas cabíveis" referente ao caso.

O magistrado ainda reiterou que a invasão de imóveis, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas por lei, é passível de detenção de um a quatro anos, além de multa.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o vazamento de mais dois vídeos íntimos do vereador. Nos conteúdos, o parlamentar aparece mantendo relações sexuais com uma adolescente de 15 anos. Após o vazamento da gravação, o político e a família da jovem prestaram queixa na segunda-feira, 28, na 42ª DP (Recreio). A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) também teve acesso às provas.

Monteiro também é acusado de estupro, agressões físicas, e assédio moral e sexual. Ex-funcionários do vereador o denunciaram por abusos e violências, como exigir “carinhos” na região genital. Uma ex-assistente de vereador deu queixa na polícia contra ele por assédio e importunação sexual.

Outra mulher, que não foi identificada, acusou o ex-PM de estuprá-la, dizendo que ele não a respeitou quando pediu que o encontro sexual dos dois, que havia sido inicialmente consensual, fosse interrompido. Em seu depoimento, disse: “Teve um momento em que ele usou força. Ele me segurou e foi com tudo. Me deixou sem saída.”

O youtuber também é acusado de explorar seus empregados, deixando-os sem comer e sem intervalos por horas, violando seus direitos trabalhistas.

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