Câmara do Rio decide reunir mais provas sobre vereador acusado de assédio sexual

O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu recolher mais provas sobre a conduta do vereador Gabriel Monteiro (sem partido), acusado por ex-funcionários de praticar assédio sexual e moral e por uma mulher de ter cometido estupro, antes de iniciar uma investigação formal contra ele, que pode render sua cessação. As denúncias foram veiculadas no domingo, 27, pelo programa Fantástico, da TV Globo. O vereador nega as acusações.

Os sete titulares e dois suplentes do conselho se reuniram na tarde desta terça-feira, 29, sob a presidência do vereador Alexandre Isquierdo (DEM). O vereador Chico Alencar (PSOL) propôs a abertura de representação em 48 horas para investigar Gabriel Monteiro pelas denúncias, mas só teve a adesão da vereadora Teresa Bergher (Cidadania). Os demais integrantes do colegiado decidiram recolher provas e se reunir novamente daqui a uma semana para então decidir se haverá representação.

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Monteiro, que normalmente acompanha as sessões virtualmente, nesta terça-feira esteve na Câmara e tentou participar da reunião do Conselho, mas não foi autorizado. Em entrevista à imprensa, ele afirmou ser vítima de um complô de pessoas "que querem me destruir". "Quando a imprensa vai falar que eu desmascarei uma empresa de guincho que ofereceu propina?", questionou. Ele afirmou ainda que ajudou a criança que foi protagonista de um dos vídeos supostamente manipulados.

Esse vídeo foi retirado das redes sociais na segunda-feira, pela equipe do próprio vereador.

O presidente do Conselho de Ética garantiu que a decisão de esperar uma semana para decidir não significa corporativismo. "Este conselho não age com corporativismo, vide o caso Jairinho", disse, referindo-se ao ex-vereador acusado de torturar até a morte o enteado. Jairinho, que está preso, foi cassado em 2021.

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ALERJ/GABRIEL MONTEIRO/ASSÉDIO SEXUAL/INVESTIGAÇÃO

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