CPI do Motim inicia depoimento de testemunhas no próximo dia 29; saiba quem será ouvido primeiro

No requerimento, o deputado estadual Elmano Freitas (PT), relator da comissão, justifica a convocação "a fim de elucidar questões pertinentes no curso da investigação"

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Motim, instalada na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), vai começar a escutar testemunhas no próximo dia 29 de março, segundo informaram membros do colegiado. Com isso, Clayber Barbosa Araújo, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), deve ser o primeiro nome ouvido pela CPI.

A definição ocorreu em reunião da comissão nesta terça-feira, 22. Na ocasião, outros nomes já foram avaliados para serem convidados a depor. No requerimento, o deputado estadual Elmano Freitas (PT), relator da CPI, justifica a convocação a fim de elucidar "questões pertinentes no curso da investigação".

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"Justifica-se tal requerimento pois no curso da investigação verificou-se algumas dúvidas em que este relator acredita que seja possível conseguir, a partir da ajuda e esclarecimentos desses, alucidar várias questões, as quais podem ajudar no curso da investigação dessa CPI", diz trecho de requerimento assinado por Elmano. 

O presidente da CPI, deputado Salmito Filho (PDT), disse que o objetivo do grupo é terminar os trabalhos "dentro do prazo e ouvir todos os depoentes para que o relator possa formular o relatório" a ser apreciado. Segundo o pedetista, a CPI entra em uma "nova fase" onde ouvirá pessoas sobre informações já obtidas.

A CPI investiga a participação das associações militares na paralisação de parte da PM não só em 2020, mas em 2012, no Ceará. O inquérito deve se desenrolar até junho de 2022, pelo menos, próximo ao início do período eleitoral. As atividades da CPI foram prorrogadas ainda no ano passado, considerando o recesso legislativo de dezembro.

Até chegar na fase dos depoimentos de presidentes de associações, a CPI já acumulou grande volume de informações fiscais e bancárias das entidades. Em 2021, comissão aprovou novas solicitações ao Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) de Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) de associações de PMs.
Segundo documentos já encaminhados à CPI pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), parte das entidades investigadas recebeu R$ 127 milhões entre 2010 e 2021.

Compõem a comissão o presidente da CPI, Salmito Filho (PDT), o vice-presidente Queiroz Filho (PDT), o relator Elmano Freitas (PT) e os membros Augusta Brito (PCdoB) e Soldado Noelio (Pros). Apenas Noelio integram o grupo membro da oposição ao governo do Estado. Segundo o parlamentar, a CPI permanece atuando como "ferramenta política construída governo e utilizando deputados da sua bancada". 

"A CPI ela é, na verdade mais um braço do governo tentando de alguma forma conseguir tentar atrapalhar uma candidatura. A CPI que deveria ter continuado durante o recesso. A própria presidência da CPI anunciou que ela continuaria e de reprente mudo a decisão. Ninguém vai entrar nessa onda de discurso politiqueiro e ser condizdo a uma área que eles querem nos conduzir, um debate que a população já está cansada", criticou Noelio, durante evento de filiação do União Brasil, nesta terça-feira, no auditório Murilo Aguiar, na Assembleia Legislativa. 

 

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