Bolsonaro volta a falar contra as urnas eletrônicas e é desmentido pelo TSE

Na sua live mais recente, o presidente afirmou que o Exército identificou "dezenas de vulnerabilidades", sem especificar quais seriam, nem apresentar provas

Na última quinta-feira, 10, o presidente Jair Bolsonaro (PL), em uma de suas lives semanais, voltou a colocar as urnas eletrônicas sob suspeita e afirmou que o Exército identificou "dezenas de vulnerabilidades", sem especificar quais seriam, nem apresentar provas. O mandatário ainda cobrou respostas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que comentou a declaração por meio de nota enviado ao UOL.

Em nota, a Corte eleitoral informou que o pedido de informações das Forças Armadas "apresenta dúvidas sobre funcionamento do sistema eleitoral" e que "não há levantamento sobre possíveis vulnerabilidades". O TSE ainda considerou que as declarações veiculadas "não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido".

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"O pessoal do Exército, nosso pessoal da guerra cibernética, buscou, a convite, o TSE e começou a levantar possíveis vulnerabilidades para ajudar o TSE. Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades. Foi oficiado o TSE para que pudesse responder às Forças Armadas, porque afinal de contas, pode ser que o TSE esteja com a razão. Pode ser, por que não?", disse o presidente. Ele atribuiu as informações sobre as supostas vulnerabilidades à "mídia", de forma genérica.

No ano passado, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou a criação de uma comissão de transparência das eleições e convidou as Forças Armadas a participarem. O intuito da iniciativa seria esvaziar um eventual discurso de golpe, declarou o ministro em entrevista à revista Veja, em setembro.

"Passou o prazo e ficou um silêncio. Foi reiterado. O prazo se esgotou no dia de hoje. Isso está nas mãos do ministro Braga Netto [Defesa] para tratar desse assunto. E ele está tratando desse assunto e vai com toda certeza entrar em contato com o presidente do TSE para ver se o atraso foi em função do recesso, se a documentação vai chegar. E as Forças Armadas vão analisar e vão dar uma resposta", acrescentou Bolsonaro.

O TSE, por sua vez, informa que "são dezenas de perguntas de natureza técnica, com certo grau de complexidade. Tudo está sendo respondido, como foi devidamente comunicado ao referido representante".

"Cabe destacar que são apenas pedidos de informações, para compreender o funcionamento do sistema eletrônico de votação, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades", finaliza o Tribunal Eleitoral.

 

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