"Populistas não terão o apoio do Novo", diz Felipe d'Avila, pré-candidato a presidente

Para d’Avila, a população está cansada da polarização e do radicalismo e. neste cenário, o papel da terceira via é dialogar e debater propostas concretas para o País

O pré-candidato à Presidência da República Luiz Felipe d’Avila (Novo) analisou o cenário eleitoral de 2022, ainda polarizado entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), e comentou as chances da terceira via nesse contexto. Segundo o presidenciável, “populistas não terão o apoio do Novo em qualquer circunstância”.

De acordo com o presidenciável, o Novo não irá apoiar nem Bolsonaro nem Lula em eventual segundo turno. “São duas figuras que cavaram o buraco em que o Brasil está hoje. Não vamos apoiar partidos que fizeram o Brasil chegar nessa situação. Populistas não terão o nosso apoio em nenhuma circunstância”, reforçou. As declarações foram dadas em entrevista aos jornalistas Jocélio Leal, Rachel Gomes e Nildênia Damasceno na Rádio O POVO/CBN, nesta quarta-feira, 2 de fevereiro.

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Para d’Avila, a população está cansada da polarização e do radicalismo. Nesse cenário, avalia, a terceira via precisa debater propostas concretas para “tirar o Brasil do atoleiro” provocado pelos últimos governantes. “A eleição ainda não está no radar da população. O que as pesquisas refletem é o retrovisor, o passado. Mas o que vai definir o voto é a capacidade dos candidatos apresentarem soluções concretas de tirar o Brasil do atoleiro”, disse.

O nome do Novo é mais um dos que tentam emplacar a chamada terceira via eleitoral. Segundo D'Avila, o papel desse grupo é mostrar para a população que estão dispostos a dialogar.

“O Brasil tem que estar acima da política eleitoral. Estive dialogando com Ciro Gomes (PDT), com Sergio Moro (Podemos) e com Simone Tebet (MDB). Temos divergências, claro, mas temos que entender quais as propostas que nos unem e quais aquelas que nos dividem”.

Apesar de falar em união, D'avila criticou Ciro Gomes na última terça-feira, 1°, em razão de divergências de opinião sobre privatização de estatais. "Ciro está na contramão da história: quer reestatizar uma empresa que produz energia fóssil, uma tecnologia em extinção e que vai perder valor. Falta visão de longo prazo", escreveu referindo-se à Petrobras.

À Rádio O POVO/CBN ele reafirmou a diferença de visão sobre o tema. “Eu defendo a privatização de todas as estatais, inclusive da Petrobras. O futuro do Brasil é o que está aí no Ceará: energia eólica e solar. Investir numa estatal que produz energia fóssil, não tem futuro (...) O futuro está no caminho das energias renováveis”, pontuou.

Já sobre Moro, D’avila o considerou um nome importante, por ocupar a 3ª posição nas pesquisas, mas defendeu que o mais relevante para os que tentam quebrar a polarização é debater propostas e projetos. “O que as pessoas querem saber agora é como ter comida no prato, dinheiro e como é que vamos gerar emprego, renda e crescimento. A economia está parada. Como gerar oportunidade? Isso é o que o eleitor estará olhando” projetou.

Sobre o papel do Novo na política, o pré-candidato exalta a atuação da bancada federal que, segundo ele, mostra como fazer uma “oposição construtiva” no Brasil. “A bancada de oito deputados federais mostra como se pode fazer uma oposição construtiva. Votamos contra os projetos demagógicos do governo federal, como as emendas de relator, o fundo eleitoral e outros” que classificou como “uma vergonha”.

E seguiu: “Mas tivemos a responsabilidade de votar a favor de projetos importantes, como a reforma da Previdência e o Marco do Saneamento. Isso é uma oposição responsável; e uma democracia saudável precisa de um governo e de uma oposição responsáveis.

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Luis Felipe d'Avila Pré-candidato do Novo Eleições presidenciais de 2022 Terceira via eleitoral

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