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Presidente do PSB-CE vê polarização, mas diz votar em Ciro mesmo se partido apoiar Lula

Denis Bezerra defende perfil "rebelde" da pré-campanha de Ciro Gomes em prol da viabilidade do pedetista no âmbito da "terceira via"

O deputado federal e presidente do PSB no Ceará, Denis Bezerra, afirmou, nessa terça-feira, 25, que defende o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) como o mais apto a ocupar o cargo de presidente da República. Ao programa Jogo Político, o parlamentar reconheceu a polarização entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL), mas considerou apoiar o pedetista mesmo se o PSB decidir apoiar o petista. 

O parlamentar admitiu que, devido à polarização, torna-se bastante importante a "união de forças progressistas" em torno de um projeto político que melhor centralize uma oposição contra Bolsonaro. "Nós estamos vivendo um momento de muita polarização. Eu posso até dizer que na minha concepção vamos estar talvez em dois extremos totalmente como foi em 2018, com a extrema-direita e a esquerda se degladiando", avaliou.

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Denis afirmou que, no âmbito nacional, o PSB está em fase de negociação e diálogo com outros partidos para tratar das principais questões, como é o exemplo da candidatura ao governo São Paulo, onde estão postos os nomes de Fernando Haddad (PT) e Márcio Franca (PSB). As tratativas, segundo ele, devem se intensificar em fevereiro.

"Estamos tendo conversas com o PT, ele não está descartado, e com o PDT. Então está todo mundo pensando nesse plano principal. Mas a minha opção para o Brasil seria o Ciro", destacou o parlamentar. 

Sobre a defesa da candidatura presidencial pedetista, Bezerra completou: "O PSB está dentro do arco de aliança tanto do PT quanto do PDT. No plano nacional temos algumas divergências, mas eu comuniquei na direção nacional do partido que numa eventual federação do PT continuarei votando no Ciro por convicções pessoais". Segundo ele, o ex-ministro possui maior "capacidade técnica e história política" e que "com certeza faria excelente governo". 

Segundo Denis, a ênfase na criação do perfil "rebelde" da pré-campanha de Ciro faz parte de uma estratégia válida para o pedetista se viabilizar um uma "terceira via" na disputa presidencial. Em seu evento de lançamento como pré-candidato ao Planalto na última semana, o pré-candidato usou jargões bastante críticos ao se referir a Bolsonaro, ao ex-ministro Sergio Moro e até a Lula.

"É interessante porque puxa toda essa atitude mais firme do Ciro nas palavras e traduz em duas palavras tudo aquilo que ele representa e pensa. Ele é uma pessoa muito autêntica. Acredito que essa pegada de fazer críticas ao governo e ao ex-presidente Lula, para quem está na busca de se viabilizar como terceira via, está correta", avaliou o parlamentar.

Segundo o deputado, ainda existe uma parcela da população que votou em Bolsonaro "por ser enganada por promessas que foram feitas e hoje não foram cumpridas". Ele avalia que a Lava Jato gerou ainda diversas críticas ao PT.

"Hoje essa aversão ainda persiste um pouco, então o Ciro busca essa alternativa de se viabilizar como terceira via que poderia vir a suplantar a eleição do Bolsonaro ou do Lula, essa tratativa está correta e tem que permanecer", conclui.

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