Randolfe vai ao STF para proibir Bolsonaro de desinformar sobre vacina infantil
No pedido, o parlamentar argumenta que esse impedimento é uma "forma de proteger a vida e a saúde das crianças brasileiras"
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Minoria no Senado, protocolou, nesta sexta-feira, 7, um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para proibir o presidente Jair Bolsonaro (PL) de espalhar desinformação sobre a vacinação infantil. A pena de multa seria de R$ 200 mil por evento de descumprimento.
No pedido, o parlamentar argumenta que esse impedimento é uma “forma de proteger a vida e a saúde das crianças brasileiras” e destaca que Bolsonaro vem “contrariando o posicionamento técnico da ciência, de especialistas e dos órgãos de saúde e de vigilância sanitária competentes, já adotados em diversos outros países do mundo”.
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Nos últimos dias, Bolsonaro tem feito ataque aos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após decisão técnica favorável à liberação de vacinas contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Ele também tem espalhado desinformação sobre vacinação infantil.
O chefe do Planelto afirma desconhecer casos de mortes pelo novo coronavírus de crianças na referida faixa etária. Porém, desde o início da pandemia até o dia 6 de dezembro, o governo já registrou 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos em decorrência da Covid-19. Os dados correspondem a uma média de 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias, segundo dados da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19.
“O presidente cria um desnecessário clima de medo, que pode motivar inúmeros pais ou responsáveis a não levarem suas crianças às salas de vacinação. Em outras palavras, o discurso pode causar hospitalizações, mortes e sofrimento evitáveis”, afirmou, em nota, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Bolsonaro também chegou a questionar o interesse da Anvisa por trás da decisão. “O que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse daquelas pessoas taradas por vacina? É pela sua vida, pela sua saúde?”, perguntou.
Confira o documento protocolado por Randolfe Rodrigues: