Olavo de Carvalho apaga 52 vídeos com ataques a opositores

A ação acontece após o chamado "guru bolsonarista" declarar que Bolsonaro o usou como "poster boy" para se eleger

O ideólogo da extrema direita Olavo de Carvalho apagou nessa quarta-feira, 22, pelo menos 52 vídeos do seu canal oficial no Youtube. Entre os conteúdos removidos, estão ataques à imprensa, ao ex-ministro bolsonarista Carlos Alberto Santos Cruz e a ex-aliados, como os deputados federais como Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).

O levantamento foi feito pelo programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo Data, empresa de análise de dados digitais, que monitora páginas de extrema direita na rede social desde as eleições de 2018. "É a maior limpeza de vídeos que Olavo já promoveu no seu canal", afirma Felitti.

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A ação acontece após o chamado "guru bolsonarista" declarar que Bolsonaro o usou como "poster boy" para se eleger. Na presença de ex-ministros do atual chefe do Executivo, como Ricardo Salles (Meio Ambiente), Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), ele afirmou ainda que se sentiu usado pelo presidente. "Até meus amigos que estavam no governo ele tirou", disse durante transmissão online do canal "Conserva Talk". 

Com o andamento de investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) e da CPMI das Fake News, diversos canais bolsonaristas passaram a excluir conteúdo de suas plataformas.

Investigado no inquérito das fake news e das milícias digitais do Supremo, o blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, também fez um limpa em seu canal. O material inclui conteúdo negacionista sobre a pandemia de Covid-19 e ataques contra o STF.

A página de Santos removeu vídeos intitulados como "Segunda onda: querem sacrificar o seu Natal", "Vachina: Anvisa quer ajudar Doria?", "Para o STF, eles mandam no Brasil" e "Absurdo: Alexandre de Moraes insiste em derrubar Bolsonaro".

Já Fernando Lisboa, alvo da PF em inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos, também se apressou em remover conteúdos comprometedores.

Um dos vídeos retirados do ar defendia as acusações, sem prova, de fraude nas eleições e dizia que Lula voltaria a ser preso. O título da gravação era "Bolsonaro vai ter fraude - STF em crise total e Lula retorna a prisão".


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