CPI do Motim é prorrogada e deve se prolongar pelo menos até junho de 2022

O relator, deputado Elmano Freitas (PT), disse que no pedido enviado à Mesa Diretora solicitou que, em virtude do recesso legislativo, o prazo de 120 dias seja contado a partir de fevereiro do ano que vem

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Motim da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) foi prorrogada por 120 dias após decisão do colegiado nesta terça-feira, 7. O grupo começou os trabalhos em agosto deste ano para investigar se recursos de associações ligadas a agentes de segurança do Ceará ajudaram a financiar atos do motim de agentes registrado ainda em fevereiro de 2020.

Na reunião estiveram presentes o presidente da CPI, deputado Salmito Filho (PDT), o vice-presidente Queiroz Filho (PDT), o relator Elmano Freitas (PT) e os membros Augusta Brito (PCdoB) e Soldado Noelio (Pros). Apenas Noelio, único membro da oposição ao governo do Estado que compõe a CPI do Motim, votou contra a prorrogação dos trabalhos.

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O relator da comissão, deputado Elmano Freitas (PT), disse que o requerimento para a prorrogação ainda será apresentado à Mesa Diretora, mas que com a assinatura de 12 parlamentares a comissão será prorrogada sem problemas. Em virtude do recesso de fim de ano no Legislativo, Elmano disse que no pedido enviado solicitou que o prazo de 120 dias seja contado a partir de fevereiro do ano que vem, ou seja, prolongando a CPI pelo menos até junho de 2022; quatro meses antes das eleições.

De acordo com o relator, a prorrogação se faz necessária, dentre outros fatores, pela demora na entrega de alguns documentos por parte das entidades. “Vários documentos que pedimos às entidades, tiveram o prazo de entrega prorrogado”, comentou. Sem detalhar, ele afirmou que a comissão já constatou indícios de “movimentações financeiras estranhas” em contas investigadas.

Presidentes de associações devem depor em algum momento nos próximos meses. A CPI já acumula grande volume de informações fiscais e bancárias das entidades. Nesta terça-feira, a comissão também aprovou novas solicitações ao Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) de Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) de associações de PMs.

Segundo documentos já encaminhados à CPI pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), parte das entidades investigadas recebeu R$ 127 milhões entre 2010 e 2021.

Com informações do repórter Carlos Mazza.

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