Após impasse nas emendas, Camilo e deputados cearenses visitam obras do Hospital da Uece

A base governista tentava articular, sob coordenação do senador Cid Gomes, o envio de R$ 180 milhões das emendas coletivas para a obra do Hospital

O governador Camilo Santana (PT) e parlamentares cearenses visitam, na manhã desta segunda-feira, 22, as obras do novo Hospital da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece). A obra foi alvo de impasse entre parlamentares da bancada cearense que não chegaram a consenso para distribuir R$ 213 milhões das emendas coletivas.

A base governista tentava articular, sob coordenação de Cid, o envio de R$ 180 milhões das emendas coletivas para a obra do Hospital, além de repasses para a Prefeitura de Fortaleza e outros órgãos. No entanto, sete deputados rejeitaram a proposta dos governistas, que chegaram a diminuir o pedido para o envio coletivo de R$ 102 milhões.

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Dentre os deputados presentes estiveram quase todos que decidiram em apoiar o acordo para a destinação das verbas, entre eles Eduardo Bismarck, André Figueiredo, Mauro Filho e Robério Monteiro (todos do PDT), Domingos Neto (PSD), José Guimarães (PT), Genecias Noronha (SD) e Pedro Bezerra (PTB), Junior Mano (PL); também participam o prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT) e o senador Cid Gomes (PDT).

A deputada Luizianne Lins (PT) e o senador Tasso Jereissati (PSDB) também destinaram verbas, mas não participaram do encontro. O fato mais inusitado foi ausência do deputado da base, José Airton (PDT), que se negou a destinar as verbas de bancada para a contrução da obra. Enquanto isso, o deputado Heitor Freire (PSL), membro da oposição, colaborou com o acordo. 

Guimarães disse que Camilo "sempre colocou o hospital como sendo prioridade do recurso (de emendas coletivas), no entanto, alguns parlamentares colocaram que não aceitariam a divisão de 50% para o Estado e 25% para Fortaleza e órgãos federais. Deu muito debate e muita confusão", explicou.

Sem acordo, os parlamentares dividirão igualmente os cerca de R$ 213 milhões, em cotas de R$ 8,7 milhões para cada. O acordo precisava da anuência de três quartos da bancada na Câmara dos Deputados e de dois dos três senadores para sair do papel. Com o impasse, apenas os deputados governistas devem enviar emendas para o hospital universitário.

"Não teve um consenso, foi o possível", disse o petista, afirmando que cada parlamentar tem o direito de escolher onde vai alocar os recursos e que deve prestar contas por isso posteriormente. "Eu não sei as razões que os levaram a não alocar esses 50% para o estado. Eu inclusive sugeri que agora iniciássemos o próximo ano, com a eleição do novo coordenador da bancada, a discutir qual vai ser o modelo para 2023, porque esse recurso é para o começo do ano, com antecedência, não é pra deixar ela ser decidida no final do ano", completou o parlamentar.

No evento, Camilo parabenizou os membros da bacanda cearense que concordaram com a destinação das verbas e pediu uma salva de palmas aos parlamentares. As verbas serão destinadas apenas para a construção física, havendo ainda a necessidade de captar recursos para os equipamentos de implantação da estrutura física.

Com um aporte menor do que o esperado e ainda sem detalhar como, o governador disse que o estado deve garantir os recursos necessários em um futuro breve, já que a expectativa é que as obras se encerrem em dezembro de 2022, final do atual mandato do Executivo. 


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