Dia da Consciência Negra tem protestos contra Bolsonaro no Centro de Fortaleza

Entre principais pautas, estão críticas ao desmonte de políticas públicas ligadas à população negra e atuação de Sérgio Camargo na Fundação Palmares

Em agenda ligada à celebração do Dia da Consciência Negra, diversas entidades sindicais e movimentos sociais realizaram neste sábado, 20, uma caminhada em manifestação contra o governo Jair Bolsonaro no Centro de Fortaleza. A concentração começou às 8h no Passeio Público, com caminhada até a Praça dos Leões.

Entre as principais pautas de manifestantes, estão sobretudo críticas ao desmonte de políticas públicas ligadas à população negra do País. Neste sentido, um dos principais alvos do protesto foi a atuação do atual presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo.

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“O 20 de novembro é tradicionalmente um dia de fazer mobilizações na luta contra o racismo, nessa dívida histórica que o nosso País têm com a raça negra. Nesse ano, houve uma decisão de unir isso com a campanha Fora Bolsonaro, porque ele é racista, seu governo promove o racismo, inclusive através de um órgão que foi criado pela luta do povo negro”, diz Ana Lúcia secretária da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

Para Vílani Oliveira, coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU), as manifestações buscam dar visibilidade às “lutas e dores” da população negra, mas também celebrar a ancestralidade desses povos no Brasil. “Unificar isso ao Fora Bolsonaro é carregado de sentido, porque ele é o carro-chefe do desmonte de direitos, da desconstrução das políticas públicas. Esse país tem uma dívida histórica com a população preta”.

Outros atos também devem acontecer em Juazeiro do Norte, São Benedito e Vale do Jaguaribe. Como tema “Fora Bolsonaro Racista – nem fome, nem bala, nem Covid”, os protestos tiveram como pauta principal a luta contra o racismo. Na capital cearense, a mobilização é a sétima realizada contra o presidente da República em 2021.

A manifestação também levanta bandeiras contra outros problemas nacionais, como desemprego, alta no custo dos alimentos, do gás, dos combustíveis, da conta de luz e da moradia, além do aumento da pobreza e da fome.

O movimento também contou com a participação de políticos de esquerda, como os deputados Carlos Felipe (PCdoB) e Renato Roseno (Psol). “Houve um confronto muito grande das pautas do movimento negro nesse governo. Pautas sociais importantes, que permitiram o acesso dessa população às universidades, programas sociais, foram afetadas. Em função disso, o movimento incorporou essa pauta contra o governo”, diz Felipe.

Protestos de hoje foram organizados pelos movimentos Frente Brasil Popular Ceará, Frente Povo sem Medo, Coalizão Negra por Direitos, Movimento Negro Unificado e Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas. Entre as entidades que compõem as articulações, está o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC-Sindicato).

Além das reivindicações sociais, o ato contou com manifestações artístico-culturais na Praça dos Leões com o objetivo de reforçar e valorizar a resistência da cultura negra. Pingo de Fortaleza, Calé Alencar e Maracatu Solar estiveram entre as apresentações.

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