Familiares de vítimas da Covid e juristas vão pedir impeachment de Bolsonaro com base na CPI
O pedido será protocolado no dia 8 de dezembro, em Brasília. Advogados se reuniram nesta quinta- feira, 18, com os senadores que integraram a comissão para discutir a apresentação
Um grupo de juristas, advogados e familiares de vítimas da Covid-19 vai apresentar à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro com base nas apurações da CPI da Covid, que encerrou os trabalhos no mês passado.
Entre os crimes imputados ao presidente no relatório final da comissão estão prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.
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O pedido será protocolado no dia 8 de dezembro, em Brasília. Os advogados se reuniram nesta quinta- feira, 18, com os senadores que integraram a CPI para discutir a apresentação do pedido. Nomes como o senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente, e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), estiveram presentes.
Além de parentes de pessoas que morreram em decorrência da doença, quinze profissionais do Direito assinarão o documento, são eles: Miguel Reale Júnior, que assinou o pedido que levou ao impeachment de Dilma Rousseff, Sylvia Steiner, Helena Lobo da Costa, Alexandre Wunderlich, José Rogério Cruz e Tucci, Floriano de Azevedo Marques, Miguel Jorge, Aloyso Lacerda Medeiros, Clito Fornaciari Júnior, Alberto Silva Franco, Belisário dos Santos Júnior, Antônio Funari, Walter Maierovitch, Salo de Carvalho e Davi Tangerino.
A CPI encerrou os trabalhos em outubro. Em seu relatório, além de responsabilizar Bolsonaro por nove crimes, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) identificou 29 tipos penais e sugeriu o indiciamento de outras 66 pessoas, incluindo deputados, empresários, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o atual titular da pasta, Marcelo Queiroga. Duas empresas também foram citadas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog.