Com passaporte sanitário, Girão diz que Camilo quer "perseguir comerciantes e cidadão de bem"

O senador fez críticas ao sistema de Segurança Pública do Ceará e disse que, sobre o passaporte, deve tomar providências

O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) usou as redes sociais, nesta segunda-feira, 15, para criticar a adoção do passaporte sanitário em território cearense. Sobre o documento, que deve ser exigido para a entrada em restaurantes, bares, barracas de praia e eventos no Ceará, o parlamentar acusa o governador Camilo Santana (PT) de tentar "perseguir comerciantes e intimidar o cidadão de bem". 

"Avancemos na vacinação sem regredir nas liberdades! @camilosantana tenta imitar a Europa, exigindo o Passaporte Sanitário. Mas omite dos cearenses que aqueles países também aceitam testes negativos. Que prazer há em perseguir comerciantes e intimidar o cidadão de bem?", escreveu o senador, que também apoia a campanha de vacinação contra a Covid-19. 

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— Eduardo Girão (@EduGiraoOficial) November 15, 2021

Logo depois, Girão fez críticas ao sistema de Segurança Pública do Ceará e diz que, sobre o passaporte, deve tomar providências "quanto a esses abusos". "O governador diz que 'não mede esforços pra salvar vidas'. Será? E cadê esse 'esforço' na Segurança? Impor decretos é fácil. O Ceará clama é por um passaporte que impeça a ação de criminosos. E para isso é preciso ter coragem. Tomarei providencias quanto a esses abusos", completou. 

Enquanto a vacinação contra a Covid-19 avança no Brasil e estabelecimentos passam a cobrar a imunização do público como requisito de entrada, ganha força uma articulação entre parlamentares contrários ao passaporte. 

Na última semana, a vereadora de Fortaleza, Priscila Costa (PSC) requereu à Câmara Municipal de Fortaleza uma audiência pública para tratar da criação do passaporte de vacinação. A parlamentar bolsonarista se manifesta contrária à instituição do documento. 

Apesar dessas iniciativas, a adesão à vacinação é alta no país e foi determinante para a queda no número de mortes e hospitalizações. De acordo com levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), ao menos 249 municípios criaram regras do tipo, recorrendo, também, ao certificado do ConecteSUS, aplicativo do Ministério da Saúde.

A CNM afirma que o passaporte é uma medida sanitária coletiva por ser uma forma de incentivar a vacinação. Além disso, a permissão para que circulem apenas pessoas vacinadas diminui o risco de casos graves e, por consequência, a lotação dos leitos de internação, já que o imunizante atenua a ação do vírus. A organização afirma que é provável que mais cidades passem a exigir o comprovante.

Para o deputado federal José Guimarães (PT), o passaporte sanitário integra um "conjunto de políticas de proteção à vida. "Faz parte dos cuidados sanitários que o governador vem tendo no enfrentamento da pandemia. Considero que é uma medida forte e, diferentemente do ministro da Saúde (Marcelo Queiroga) que veio para cá para passear, é necessária e tem nosso integral apoio", avalia o parlamentar.

 

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