Opositores de Bolsonaro reagem ao fim do Bolsa Família: "crime, desmonte e ataque aos direitos do povo"

Senadores, deputados federais e estaduais, dentre outros políticos se manifestaram por meio do Twitter para lamentar o fim do Bolsa Família e criticar o novo Auxílio Brasil

Políticos de todo o país têm reagido ao fim do Bolsa Família, em manifestações por meio das redes sociais. O pagamento da última parcela do programa ocorre hoje, sexta-feira, 29, após 18 anos de existência e amparo social.

A decisão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) acontece diante da proposta de reformular o programa social e criar o Auxílio Brasil, que vai substituir o Bolsa Família. A promessa de Bolsonaro é que o pagamento do novo auxílio será feito para todos os inscritos no Bolsa Família e também para as famílias que estão na fila de espera, aguardando aprovação para receberem o benefício. O programa criado pelo governo, no entanto, deve ser finalizado no fim de 2022.

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O Bolsa Família foi criado em 2004, na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e tinha como foco famílias em condição de pobreza e extrema pobreza. Segundo o governo federal, somente em outubro, pelo menos 14,84 milhões de famílias receberam o benefício financeiro.

O fim do auxílio criado por Lula tem gerado críticas de políticos de oposição a Bolsonaro, que classificaram a decisão do governo federal como “um ataque aos direitos do povo brasileiro”, "crime", "capricho eleitoreiro”, dentre outras críticas.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) foi um dos políticos a se manifestar nas redes sociais. Em postagem no Twitter, Vieira criticou não somente o fim do Bolsa Família, como também apontou outros problemas do governo Bolsonaro, como a alta da inflação e o orçamento secreto. Segundo o congressista, “é sempre o mesmo jogo, só cai quem quer”, escreveu na postagem.

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), retuitou notícia sobre o fim do programa destacando que “a fome se alastra por todo o país”. O parlamentar cearense ainda reforçou um pedido de que o valor do Auxílio Emergencial fosse elevado para “R$ 600”.

— José Guimarães (@guimaraes13PT) October 29, 2021

Ainda entre os parlamentares cearenses, a deputada federal Luizianne Lins (PT) disse que Bolsonaro estava "acabando com o Bolsa Família para gastar bilhões no programa eleitoreiro e populista”. Lins destacou que o Auxílio Brasil chega ao fim em dezembro de 2022, quando o presidente “tentará se reeleger”.

— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) October 29, 2021

Outro petista cearense a criticar o fim do Bolsa Família, via redes sociais, foi o deputado federal José Aírton Cirilo. O parlamentar disse que Bolsonaro estava acabando com o programa durante “a maior crise econômica da história”.

— José Airton Cirilo (@JoseAirtonPT) October 29, 2021

Em esfera nacional, a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) se manifestou declarando que “Bolsonaro é uma tragédia para o país” e agora quer “acabar de vez com o mais importante programa de transferência de renda”.

O deputado federal Hélder Salomão (PT-ES) lamentou a finalização do auxílio, e ressaltou que o programa de distribuição de renda é “o maior e mais bem avaliado do mundo”. Salomão ainda afirmou que a ação era um “crime” e disse que Bolsonaro estaria sendo “desumano e inimigo do povo brasileiro”.

Ainda dentre os parlamentares, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificou como “desmonte” o Auxílio Brasil por “abandonar os critérios” do Bolsa Família.

Orlando Silva, deputado federal do Rio Grande do Sul pelo PCdoB lembrou os 18 anos de criação do programa, “que livrou o Brasil da fome”, pelo ex-presidente Lula. O parlamentar complementou, em sua postagem no Twitter, que Bolsonaro era o responsável por “20 milhões de brasileiros” que estavam sobrevivendo de restos e que acabaria com o programa por “capricho eleitoreiro”.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) lamentou o fim do programa que, de acordo com ela, “era mais que auxílio financeiro”, ajudando também a “reduzir as desigualdades no Brasil”.

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) também se manifestou em sua conta no Twitter. A parlamentar disse que “40 milhões de pessoas” seriam desassistidas do auxílio emergencial, para em contrapartida, “atender 17 milhões no Auxílio Brasil”. “Acabaram com o Bolsa Família no momento em que temos milhões de brasileiros passando fome!”, escreveu.

Dentre os deputados estaduais, a parlamentar Marinor Brito (Psol-PA), disse que “o fim do Bolsa Família” é “mais um dos ataques do governo” “aos direitos e à dignidade do povo brasileiro”.

O deputado estadual André Quintão (PT-MG) criticou o Auxílio Brasil, e destacou que o programa criado pelo atual presidente “acaba em 2022”. Segundo, Quintão o Bolsa Família era “um programa planejado e contínuo” e afirmou que Bolsonaro estava querendo “surfar na onda” de um programa que já tinha condenado.

O pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), repostou uma notícia sobre o fim do Bolsa Família em seu e ironizou: “Parabéns aos envolvidos!”

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Fim do Bolsa Família Auxílio Emergencial Auxílio Brasil

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