Filha de Bolsonaro vai estudar em colégio militar sem passar por processo seletivo

Vaga de Laura foi garantida pelo Exército depois de pedido feito pelo presidente

Laura Bolsonaro, 11, filha caçula do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), irá cursar o ensino fundamental no Colégio Militar de Brasília, em 2022, sem passar por nenhum processo seletivo tradicional ao modelo de ensino. A vaga dela foi garantida após decisão do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, em “caráter excepcional”, após pedido do próprio chefe do Executivo.

Em agosto deste ano, o mandatário solicitou ao comandante que autorizasse a admissão da filha no colégio militar sem que a menina precisasse passar por processos seletivos.

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Na época, o pedido repercutiu na imprensa e Bolsonaro reclamou a apoiadores. “A minha (filha) deve ir o ano que vem para lá (Colégio Militar). A imprensa já está batendo em mim porque vai, não sei o quê. Tenho direito por lei, até por questão de segurança. Mas é o tempo todo isso aí”, disse o presidente na ocasião.

O regulamento do Colégio permite admissão de casos “excepcionais” quando a criança é dependente de militar transferido entre estados, designados para missão no exterior ou em outros casos específicos.

Aos demais, é necessário passar por um processo seletivo com exame intelectual, revisão médica, odontológica e apresentação de requisitos biográficos do candidato para tentar uma vaga na instituição.

Laura vai cursar o 6º ano do ensino fundamental. Na unidade escolhida por ela, há mais de mil inscritos para as 15 vagas disponibilizadas à seleção de 2022. A mensalidade da escola custa de R$250 a R$278.

O benefício concedido à filha de Michele e Bolsonaro também foi conferido ao filho da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Em 2020, o menino de 11 anos foi matriculado na escola sem passar por processo seletivo. Na época, a parlamentar e apoiadora do presidente admitiu privilégio, mas negou qualquer irregularidade na situação.

Zambelli alegou questões de segurança para o menino que, segundo ela, sofria ameaças desde 2016. A autorização também foi dada pelo então comandante do Exército, general Edson Leal Pujol.

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