Alexandre de Moraes diz que quem fizer disparos em massa em 2022 terá registro cassado e será preso

Moraes será o presidente do TSE durante a eleição do ano que vem. Nesta quinta-feira, a Corte formou maioria para arquivar ações que questionavam suposta influência de disparos em massa de mensagens pela chapa Bolsonaro-Mourão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, durante julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ações que pediam a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão pelo uso de disparos em massa nas eleições de 2018, que se houver repetição do que ocorreu em 2018, "o registro será cassado". Ele criticou o uso de "milícias digitais" para desestabilizar o processo eleitoral no País e prometeu ações para 2022.

No ano que vem, Moraes será o presidente do TSE durante a eleição. Nesta quinta-feira, a corte formou maioria para arquivar duas ações que questionavam disparos de mensagens em massa pela chapa bolsonarista e alegavam prática de abuso de poder econômico. Moraes votou com o relator pelo arquivamento em decorrência de um "lapso temporal", mas disse que houve disparos em massa e financiamentos não declarados para esse fim.

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“O lapso temporal pode ser impeditivo de uma condenação, mas não é impeditivo da absorção, pela Justiça Eleitoral, do modus operandi que foi realizado, e que vai ser combatido nas eleições 2022. Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado. E as pessoas irão para a cadeia por atentar contra as eleições e a democracia no Brasil”, disse.

Segundo Moraes, a Justiça Eleitoral, assim como toda a Justiça, pode ser cega, mas não é tola. “Não podemos criar de forma alguma um precedente avestruz, 'a, não ocorreu nada'. Todo mundo sabe o que ocorreu, todo mundo sabe o mecanismo utilizado nas eleições e depois". O ministro vem sendo atacado com frequência por Bolsonaro e seus apoiadores por sua atuação.

Atualmente, Alexandre Moraes é relator de três inquéritos no STF que envolvem Bolsonaro: o primeiro referente à disseminação de fake news, um segundo que investiga questões relacionadas aos atos antidemocráticos registrados no País e um terceiro que investiga suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Moraes deve analisar ainda um pedido de senadores da CPI da Covid para banir Bolsonaro das redes sociais, após ele mentir em uma live em que relacionou vacinas contra a Covid-19 com o desenvolvimento de Aids.

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