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Tasso sobre atuação da CPI: "contraponto poderoso aos males do governo"

O senador cearense lembrou das investigações sobre o "gabinete paralelo" e das ações negacionistas do governo federal diante da vacinação e das medidas contra o contágio, como o distanciamento social e o uso de máscaras
15:00 | Out. 26, 2021
Autor Filipe Pereira
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Filipe Pereira Repórter Política
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Tipo Notícia

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) usou seu momento de fala na CPI da Covid, nesta terça-feira, 26, cuja sessão vota o relatório final apresentado pelo relator Renan Calheiros (MDB), para relembrar a importância da atuação da comissão diante das omissões e ações do governo federal. O tucano avaliou que o colegiado foi um "contraponto poderoso" ao presidente Jair Bolsonaro e ao chamado "gabinete paralelo". 

Após parabenizar os integrantes da comissão e a ação dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO) de entrarem com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para a instalação das investigações, Tasso lembrou que, durante o início da CPI, houve bastante causou angústia, porque o governo seguia cada vez mais profundamente no negacionismo.

"Só havia uma arma contra o crescimento e o espalhamento da pandemia, uma era o distanciamento social e a segunda, que posteriormente ficou comprovada, era a máscara. No entanto, o governo brasileiro de uma maneira estranha e agressiva recusou-se a aceitar o distanciamento social a aceitar a ideia de uso de máscara da população, fazendo com que a gravidade da pandemia fosse se aprofundamento a cada dia que passava", criticou o senador. 

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Segundo Tasso, as investigações foram esclarecendo alguns pontos importantes, como a atuação de um grupo paralelo que aconselhava o presidente. "Isso vinha de uma teoria defendida por esse grupo que era melhor que os brasileiros se infectaram rapidamente, um maior número possível, para que a economia pudesse voltar a funcionar e o governo não tivesse nenhum prejuízo do ponto de vista eleitoral pela queda da economia", lembrou o tucano. Segundo o parlamentar, a descoberta evidenciou "o tamanho da gravidade e monstruosidade das ideias que vinham do núcleo mais duro do governo". 

Depois, o senador lembrou das negativas do governo diante da tentativa de aquisição de vacinas. Em 2020, as investigações evidenciaram que Bolsonaro não apenas reforçou criticas e dúvidas sobre a eficácia da CoronaVac, como não respondeu, por meio do Ministério da Saúde, as sucessivas tentativas de venda da Pfizer. 

"Mais um vez, de uma maneira estranha e macabra, o governo se negou a reconhecer a vacina como saída para que pudéssemos evitar a catástrofe que estava acontecendo. Milhares de mortes por dia aconteciam nesse país e o governo negava o distanciamento, a máscara e agora a vacina", destacou o membro da CPI. 

A atuação da CPI, segundo Tasso, serviu como um "contraponto poderoso". "Veio essa CPI, e aí nós conseguimos um grande tento. Foi naquele governo que vinha numa marcha criminosa e galopante, que as instituições brasileiras, através dessa CPI, criaram um contraponto poderoso a esses males que o governo vinha impondo ao Brasil. o governo não estava mais sozinho, fazendo todos os males, negacionismo e estimulando aglomerações", concluiu o senador. 

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